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Desenhos animados portugueses entram na televisão turca
A Nutri Ventures acaba de fechar negócio com a plataforma de televisão digital D-Smart, do grupo Dogan, que irá transmitir no seu canal D-Smart Kids a série de animação infantil portuguesa que promove a alimentação saudável.
Este é o "primeiro passo" da empresa portuense no mercado turco, passando assim a estar presente em 23 territórios em quatro continentes, da disputada república do Kosovo à Tailândia.
Lançada em 2007, a D-Smart é a segunda operadora de televisão na Turquia, somando mais de 1,8 milhões de subscritores e receitas a rondar os 350 milhões de euros. O fundador e sócio da Nutri Ventures, Rui Lima Miranda, destacou ao Negócios que este é "um país com taxas de crescimentos brutais, que tem uma cultura muito pró-negócio, uma população muito jovem e onde há uma motivação cada vez maior para educar as crianças a ter uma alimentação saudável".
Pela dimensão e crescimento dos respectivos sectores digitais, os mercados mais importantes para a empresa são o Brasil e os Estados Unidos, tendo este último o maior mercado de licenciamento e entretenimento, que representa 35% desta indústria a nível mundial. E é sobretudo nestes dois países que a empresa, criada em 2010, procura investidores estrangeiros que ajudem a suportar os custos da expansão internacional.
Em Portugal, a série de animação tem estado com uma "fortíssima presença" na RTP2 e no canal Panda, ultrapassando as expectativas do empresário. "Tem feito crescer a audiência do Panda em mais de 30% durante a faixa horária em que é emitida e está no 'Top 5' dos programas mais vistos em 60% das vezes, consolidando outros resultados que a série está a ter na Disney Espanha e na SBT Brasil", descreveu Miranda a partir dos Estados Unidos, para onde se mudou há dois meses.
A fama de Teo, Lena, Ben, Nina e Guga já chegou inclusive à Casa Branca, onde Michelle Obama chamou duas dezenas de empresas de retalho, media e entretenimento para um encontro sobre obesidade infantil. Entre os gigantes norte-americanos Burger King, Coca-Cola ou Disney, os empresários do Porto foram os únicos "intrusos" estrangeiros.