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Cofina melhora lucros apesar de deslize das receitas

O mundial de futebol ajudou a publicidade nos jornais e impediu uma maior quebra das receitas da Cofina. Os custos caíram e as amortizações também, o que permitiu a subida do resultado líquido da empresa.

27 de Fevereiro de 2015 às 17:56
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A Cofina, dona do Correio da Manhã e do Negócios, melhorou o resultado líquido no ano passado. Um desempenho conseguido pela redução das amortizações, que ajudou a compensar a descida das receitas.

 

O lucro da empresa liderada por Paulo Fernandes (na foto) situou-se nos 6,17 milhões de euros, um ganho de 31,9% em relação aos 4,68 milhões alcançados no ano anterior, segundo o comunicado de resultados divulgado ao mercado esta sexta-feira, 27 de Fevereiro.

 

As receitas impediram um maior crescimento do resultado líquido da Cofina em 2014. O volume de negócios ascendeu a 106 milhões de euros, uma quebra anual de 1,5%. Por segmento, os jornais fizeram mais dinheiro em 2014 do que em 2013, ao contrário das revistas.

 

A circulação, o indicador que ainda mais pesa nas receitas, cedeu 3,8% para 54 milhões. O "marketing" alternativo também caiu. Já o dinheiro obtido pela Cofina em publicidade subiu 5,4%, impedindo um maior deslize das receitas operacionais. "Os crescimentos verificados nas receitas de publicidade ficaram a dever-se ao mundial de futebol que se realizou no mês de Junho de 2014", informa o comunicado.

 

Os custos operacionais também recuaram: 1,7% para 89,8 milhões de euros, mantendo uma tendência de redução dos encargos que tem caracterizado o sector dos media nos últimos anos, nomeadamente através de reduções do quadro de pessoal. Com esta evolução, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) fixou-se em 16,2 milhões, apenas 0,1% acima do ano anterior. A margem de EBITDA melhorou 0,2 pontos percentuais para 15,3%. A Cofina deixa uma nota para o facto de a CMTV ter tido um "impacto negativo, ao nível do EBITDA de segmento [dos jornais], inferior a 1 milhão".

 

Havendo uma descida de receitas idêntica à quebra dos custos, significando uma melhoria operacional marginal, como é que o lucro cresceu 31,9%? A grande ajuda veio essencialmente da redução das amortizações, "resultante da conclusão do período de amortização dos equipamentos gráficos". Este indicador "retirou" 2,9 milhões de euros à Cofina quando, no exercício anterior, havia custado 3,9 milhões.

 

A dívida nominal da companhia sob o comando de Paulo Fernandes, que também controla a Altri e a F. Ramada, era de 65,6 milhões, 10,5% abaixo do ano anterior.

 

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