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Vasco de Mello acusado de crime na OPA da Cimpor

O presidente da Brisa é acusado pelo Ministério Público do crime de abuso de informação privilegiada na OPA da Camargo Côrrea sobre a Cimpor. Vasco de Mello nega ter cometido qualquer crime, adianta o Correio da Manhã, que teve acesso à acusação.

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Bruno Simão/Negócios
Negócios 27 de Maio de 2015 às 08:44
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Vasco de Mello ganhou 22.179 euros com a venda de acções da Cimpor nos dois dias anteriores ao lançamento de uma oferta pública de aquisição sobre a cimenteira por parte da Camargo Côrrea, sustenta o Ministério Público na acusação de abuso de informação privilegiada de que o presidente da Brisa é alvo.

 

O processo, que o Correio da Manhã consultou, está na fase de instrução, uma vez que Vasco de Mello contestou a acusação e pretende demonstrar a sua inocência sem que o caso tenha de chegar a tribunal. Nos próximos meses, o Tribunal de Instrução Criminal ouvirá os argumentos e as testemunhas de defesa do líder da Brisa, decidindo depois se deixa cair ou confirma a acusação.

 

De acordo com o Ministério Público, o gestor ordenou ao BCP que adquirisse em seu nome 50 mil acções da Cimpor na sexta-feira 30 de Março de 2012, a 5 euros por título, o que implicou um investimento total de 250 mil euros. "No dia imediatamente a seguir à compra" – os dois dias seguintes foram de fim-de-semana – transmitiu ordens de venda a 5,45 euros. Isto numa altura em que "já se sabia que a contrapartida oferecida pela Camargo Côrrea [na OPA] era de 5,5 euros".

 

Já Vasco de Mello alega que "a operação sobre as acções da Cimpor foi normal e transparente", de acordo com a defesa do empresário citada pelo Correio da Manhã. "Por considerar manifestamente improcedente a desprovida de factos que consubstanciem a acusação, Vasco de Mello não aceitou a suspensão do processo proposta pelo Ministério Público na fase de inquérito e, para ter oportunidade de demonstrar a sua inocência, requereu a abertura de instrução, que foi entretanto admitida".

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