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UBS alerta para quebras no mercado da pasta e papel

O banco de investimento suíço prevê que exista um excesso de oferta de pasta de papel em 2019, o qual diz já se fazer notar na escassez de acordos comerciais, pelo que as papeleiras podem ser obrigadas a cortar as estimativas que têm para o próximo ano.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Dezembro de 2018 às 14:07
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O banco de investimento UBS vê uma mancha negra no futuro próximo do mercado de papel. A instituição lançou um relatório no qual alerta para um excesso de produção em 2019, que ditará o afundar dos preços nas importações e revenda deste produto na China, e que afectará as perspectivas para grandes empresas do sector.

 

As papeleiras brasileiras "Suzano e Fibria estão a manter a fasquia nos 770 dólares por tonelada, mas este nível é agora muito pouco sustentável", diz o UBS, ao mesmo tempo que recomenda cautela para o sector, dentro do qual prevê cortes nas estimativas de resultados. Numa nota que incide na Suzano em particular, a casa de investimento considera que os preços atingiram um pico e estão agora em risco de quebra.

 

De acordo com o mesmo relatório, citado pela Bloomberg, as papeleiras têm-se debatido para conseguir fechar acordos, e as vendas de celulose de fibra curta estão em níveis próximos dos 700 dólares por tonelada, mas nem as ofertas da América Latina de 650/680 dólares estão a atrair muito interesse.  

Em Portugal, as papeleiras cotadas no PSI-20 têm visto uma trajectória descendente desde os máximos históricos que atingiram no início do Verão, entre Junho e Julho. A Semapa é a empresa que lidera as perdas do PSI-20 esta segunda-feira, ao deslizar 2,94% para os 13,20 euros, um mínimo de Março de 2017. As quebras mantêm-se há três sessões e, no acumular do ano, esta é também a papeleira que mais cai, contando já uma quebra de 25,15% no valor dos respectivos títulos.

 

As congéneres Navigator e Altri alinham na queda, tendo a primeira chegado a ceder 2,71% para 3,514 euros, um mínimo de Agosto de 2017. Segue a perder 1,5% para os 3,558 euros e vê um saldo negativo das cotações desde o início do ano, tendo já desvalorizado 16,12%. A Altri já recuou 2,36% para os 5,79 euros, um mínimo de Abril de 2018, e mantém quebras ligeiramente abaixo desta fasquia. No conjunto de 2018, a quebra é de 13,32% para esta cotada.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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