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Secretário geral da APCOR: "Há uma necessidade de passar uma parte do custo" para os preços
O setor da cortiça vai absorver parte do acréscimo nos custos de produção mas outra parte terá de ser repercutida nos preços, admite o secretário geral da Associação Portuguesa da Cortiça em entrevista ao Negócios e Antena 1.
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O aumento dos custos da matéria-prima de 25% em 2022, a que se somam outras despesas acrescidas, não poderá ser integralmente suportado pela indústria corticeira, admite o secretário-geral da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).
Em entrevista ao Negócios e Antena 1, João Rui Ferreira afirma que "2022 fica marcado por um aumento significativo do preço da matéria-prima na ordem dos 25% a 30% e as empresas tiveram de ajustar". Parte dessa despesa teve impacto na rentabilidade das empresas, mas "a outra têm de passar [aos clientes] e vão ter de continuar a passar. A matéria-prima de um ano transita para para o seguinte e, portanto, em 2023 vamos fazer novamente refletir", afirma.
"A matéria-prima da campanha de extração de cortiça de 2022 vai ser usada nos próximos meses e há claramente uma necessidade - e as empresas têm a consciência disso - que teremos de passar uma parte deste custo obviamente no preço dos nossos produtos", continua.
Essa transferência não será, no entanto, homogénea: "Cada empresa terá a sua estrutura de custos. Não consigo dar um valor médio mas todos terão de repercutir nos diferentes produtos", explica, sublinhando que "estamos a falar também de mercados muito diferentes. Uma coisa pode ser as rolhas de cortiça, outra pode ser aplicações em que estamos num mundo competindo com outros produtos de origem fóssil. Felizmente, neste contexto, não estamos numa exceção face a outros "players" e aos nossos concorrentes de outros setores e, portanto, vamos avaliar".
Esses aumentos continuarão neste ano, dado que é "necessário e evidente que as empresas tenham uma atenção particular aos índices de rentabilidade e, portanto, é necessário passar valor. Num contexto em que é notório que o setor da cortiça está numa transformação e num momento muito positivos, a única hipótese que as empresas - tendo em conta a nossa capacidade de produzir matéria-prima - vão ter nos próximos 10 ou 15 anos vai ser a do crescimento em valor. Esperamos que já em 2023 haja uma aposta clara no valor", conclui.
Em entrevista ao Negócios e Antena 1, João Rui Ferreira afirma que "2022 fica marcado por um aumento significativo do preço da matéria-prima na ordem dos 25% a 30% e as empresas tiveram de ajustar". Parte dessa despesa teve impacto na rentabilidade das empresas, mas "a outra têm de passar [aos clientes] e vão ter de continuar a passar. A matéria-prima de um ano transita para para o seguinte e, portanto, em 2023 vamos fazer novamente refletir", afirma.
Essa transferência não será, no entanto, homogénea: "Cada empresa terá a sua estrutura de custos. Não consigo dar um valor médio mas todos terão de repercutir nos diferentes produtos", explica, sublinhando que "estamos a falar também de mercados muito diferentes. Uma coisa pode ser as rolhas de cortiça, outra pode ser aplicações em que estamos num mundo competindo com outros produtos de origem fóssil. Felizmente, neste contexto, não estamos numa exceção face a outros "players" e aos nossos concorrentes de outros setores e, portanto, vamos avaliar".
Esses aumentos continuarão neste ano, dado que é "necessário e evidente que as empresas tenham uma atenção particular aos índices de rentabilidade e, portanto, é necessário passar valor. Num contexto em que é notório que o setor da cortiça está numa transformação e num momento muito positivos, a única hipótese que as empresas - tendo em conta a nossa capacidade de produzir matéria-prima - vão ter nos próximos 10 ou 15 anos vai ser a do crescimento em valor. Esperamos que já em 2023 haja uma aposta clara no valor", conclui.