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Renova muda o rolo exportador para “limpar” asiáticos e a internet
China e Coreia do Sul são os dois novos mercados de exportação para a fabricante ribatejana de papel higiénico, guardanapos, lenços e rolos de cozinha, que está a investir na logística para responder às encomendas online.
A Renova decidiu apostar em "mercados menos habituais" para esta empresa de papel "tissue" no continente asiático, como a China ou a Coreia do Sul, além de reforçar a aposta nos Estados Unidos da América.
Ao "olhar para o Oriente com muitíssima mais profundidade", o CEO Paulo Pereira da Silva explica que a produtora de Torres Novas pretende "diminuir a dependência da Europa, onde [está] focada e tem a maioria das vendas".
Presente em mais de 60 países, a fabricante de papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha, lenços de papel e produtos de higiene feminina está também a direcionar esforços comerciais e de investimento para as vendas online, com uma nova plataforma e ajustamentos na logística.
"Tínhamos as fábricas preparadas para carregar camiões com paletes completas e [nas encomendas via internet] é totalmente diferente por ter uma dispersão por encomendas muito pequenas. E ser competitivo nessa área implica uma logística totalmente diferente, com muitíssima automação e com investimentos bastante avultados nessa área", explica o gestor.
Durante uma conferência digital organizada pelo BPI, JN e TSF, Paulo Pereira da Silva referiu que não está a conseguir "prever o que se vai passar a curto prazo" devido à atual crise sanitária. A prioridade é a proteção dos trabalhadores, "de maneira a poder ter as fábricas a trabalhar o melhor possível, protegendo desta forma também os clientes" da empresa fundada em 1939.
Depois de ouvir o ministro da Economia a admitir estender os apoios ao emprego no segundo semestre e a dizer que o Estado "não meteu dinheiro para a TAP ir à falência em cinco anos", o líder da Renova disse ainda ter "uma enorme confiança nas pessoas mais novas que estão a entrar no mercado de trabalho em Portugal".
"São um fator de esperança. São pessoas com outra formação, com mais mundo e uma visão muito mais aberta a novas formas de gerir e com muito mais capacidade de gestão do que havia em Portugal no passado", completou Paulo Pereira da Silva.