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Promecel constrói nova fábrica em 2021 e investe 2,5 milhões

A empresa Promecel, do setor elétrico e de componentes mecânicos, vai construir uma nova fábrica, em Braga, até ao final deste ano, num investimento de 2,5 milhões de euros.

23 de Maio de 2021 às 11:04
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Fundada em maio de 1985, a Promecel, uma empresa de capitais privados, que pertence à indústria metalomecânica e tem quatro sócios portugueses, vai investir numa nova fábrica, em Braga, que "estará concluída no final deste ano", devendo "o processo de mudança de instalações iniciar-se em novembro", já que as novas instalações distam 300 metros das atuais, disse à Lusa o sócio-gerente, José Manuel Silva.

"As atuais estão vendidas - acordadas. No final de 2018 tínhamos adquirido um terreno de cerca de 22 hectares e vamos construir uma fábrica que terá perto do dobro do espaço que temos atualmente", explicou, exclamando: "Este ano tem de ser!". Com o processo de mudança a iniciar-se em novembro e dado que a empresa tem muitos equipamentos, "não vai ser nada fácil, estando a fazer essa transição e, simultaneamente, a trabalhar e a entregar material aos clientes", assinalou o gestor.

E prosseguiu: "Há equipamentos que nem sequer vão ser trocados, serão novos equipamentos a instalar na nova fábrica. Por exemplo, há um novo equipamento que acabámos de comprar e não temos como fazê-lo sem o auxílio do fabricante, pois não há técnicos especializados".

A empresa espera que em 2026/2027 tenha recuperado o investimento total realizado na nova unidade fabril, não se tendo endividado para o fazer.

Inicialmente, a Promecel estava muito direcionada para os produtos elétricos, normalmente redes de média e baixa tensão.

A empresa, que iniciou a sua internacionalização em 1992, possui atualmente uma "estratégia clara de elevada exigência técnica" na abordagem aos mercados externos, afirma ter os "mais avançados meios de produção e de controlo" e conta com 94 trabalhadores com um alto nível de especialização, disse o gestor.

Os seus clientes, por sua vez, pertencem aos mais diversos setores de atividade, sendo que a empresa dispõe cinco setores distintos (maquinação, fundição, estampagem, galvanoplastia e montagem) que podem trabalhar em conjunto para obter o produto final.

A empresa, apesar de não ter tido "grandes crises ao nível de trabalho, teve algumas crises societárias", recorda à Lusa o gestor, explicando que em 2012, o outro sócio fundador saiu e a empresa Resul (ligada ao setor das 'utilities'), comprou a participação desse sócio.

"A Resul ficou maioritária e vendeu-me, bem como ao meu pai [Armando Silva, um dos fundadores da empresa], a metade da sua posição, trouxe um colega para a gestão, e ambos assumimos a gerência", recorda.

Na altura, a fabrica "não estava em boas condições financeiras", pelo que foi traçado um plano de recuperação para finalizar em 2016, pelo que a Promecel financeiramente "deu uma volta por completo", tendo-se feito uma recuperação total, lembra o gestor.

Mas em 2017, devido à crise do petróleo e à exposição da Resul ao mercado angolano, o mesmo tipo de problemas que se observaram em 2014 e que a Resul ajudou a resolver, começaram a fazer-se sentir, pelo que o gestor acabou por comprar em 2018 maioria do capital.

A Promecel tem agora quatro sócios: José Manuel Silva (sócio-gerente), Armando Silva (sócio minoritário) e dois colaboradores que, desde 2020, passaram a ter uma participação mais pequena.

A empresa basicamente não trabalha para o mercado nacional, tendo-se focado no mercado externo, nomeadamente europeu.
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