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Panike vai investir 24 milhões e criar mais 40 empregos em Santo Tirso

A fabricante de produtos de padaria e pastelaria, com fábricas na Maia e em Santo Tirso, está a investir nesta última unidade, numa primeira fase, 19 milhões de euros para duplicar a produção de pão.

A Panike tem duas unidades industriais no Norte do país - uma na Maia, dedicada à área da pastelaria, e outra em Santo Tirso, especializada na produção de pão.
01 de Fevereiro de 2018 às 22:12
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Fundada no ano da entrada de Portugal na então CEE, em 1986, a Panike começou por fabricar e comercializar pão com chouriço congelado, mas rapidamente diversificou a sua carteira de produtos. E alcançou a popularidade com os "folhados mistos", que viraram "panikes" na boca da maioria dos portugueses.

Liderada pelo empresário Henrique Soares, a Panike tornou-se a maior fabricante portuguesa de produtos de padaria e pastelaria. Além de "panikes", produz cerca de 80 tipos de pão, pastéis de nata, "muffins", queques, queijadas, massa folhada, pizzas, bolo-rei, entre muitas dezenas de outros paparicos.

Com duas unidades industriais em operação – uma na Maia, dedicada à área de pastelaria, e outra em Santo Tirso, especializada na produção de pão, a Panike tem em curso, nesta última fábrica, um investimento de  cerca de 19 milhões de euros.

Objectivo: "Triplicar a área existente, de quatro para 13 mil metros quadrados, e mais do que duplicar a capacidade de produção de pão das actuais três para seis a sete toneladas por hora", revelou Henrique Soares, director industrial, filho e homónimo do fundador da Panike, em declarações ao Negócios.

Um investimento, a concluir "em Julho próximo", que vai permitir a criação de "mais cerca de 20 postos de trabalho" na unidade tirsense, que emprega actualmente 75 dos 300 trabalhadores da Panike. Numa segunda fase,  "prevista para 2020", deverão ser investidos mais cinco milhões de euros na expansão produtiva, para atingir "as 10 toneladas de pão por hora", criando "mais 20 empregos".

A Panike fechou 2017 com vendas de 35,2 milhões de euros, mais 3,2 milhões do que no ano anterior, com as exportações para 24 países a valerem 20% do total. Ambição: "Chegar aos 50 milhões em 2020, e, após o investimento a fazer nessa altura, atingir os 80 milhões de euros", avançou Henrique Soares.

Criação de 150 postos de trabalho
O plano de expansão da Panike faz parte de um grupo de seis investimentos, que totalizam 36 milhões de euros e vão criar 150 postos de trabalho em Santo Tirso, tendo ganho o estatuto de "projectos de interesse municipal". Os contratos de concessão de incentivos fiscais com a Panike, a ADI Center, a CS Plastic, a DUX Interiores, a Albino & Filhos e a Felpinter, vão ser assinados a 5 de Fevereiro, nas instalações da Felpinter, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Economia.

"Temos assistido a um ‘boom’ de investimento no município nos últimos anos, fruto da estratégia assumida pela Câmara de Santo Tirso, a partir de 2014. Criámos um pacote fiscal muito agressivo de apoio ao investimento, apostámos na diplomacia económica e, assim, na captação de novas empresas", afirmou o presidente do município, Joaquim Couto, ao Negócios. "Temos conseguido demonstrar que Santo Tirso é atractivo do ponto de vista empresarial", sustentou o mesmo autarca.

expansão

Novos fábricas e mais empregos

Felpinter cria 50 postos de trabalho
A Felpinter, que fabrica têxteis domésticos (banho, cama, mesa e  cozinha), comprou novas instalações na zona de Vila Nova do Campo para reforçar a sua capacidade produtiva. O investimento é de seis milhões de euros e vai criar cerca de 50 postos de trabalho.

ADI vem da maia e a CS muda-se da várzea
A CS Plastic, que fabrica artigos de plástico, vai investir 2,9 milhões de euros e criar 15 empregos com a mudança da zona da Várzea para Santa Cristina do Couto. Já a química ADI Center vai deslocalizar-se da Maia para Santo Tirso – investimento de 2,7 milhões de euros e mais cinco empregos.

Dux e Albino & Filhos com mais 24 pessoas
Produtora de mobiliário e têxteis-lar, com fábricas nas Aves e em Sequeiró, vai investir nesta 700 mil euros e criar 20 empregos, enquanto a oficina automóvel Albino & Filhos investe 200 mil euros e emprega mais quatro pessoas.

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