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Nova fábrica da Navigator em Setúbal parada há três dias com greve dos trabalhadores da ATF

"Na proposta que apresentámos à administração, propomos uma atualização salarial de 3%, com um mínimo de 30 euros para cada trabalhador, e que o acordo seja celebrado a três anos", revelou Diogo Marques, da Comissão de Trabalhadores.

“Dividend yield”: 5,7%. A fabricante de pasta e papel manteve o dividendo regular de 23,71 cêntimos por acção e baixou a remuneração relativa à distribuição de reservas para 4,184 cêntimos. No total, vai pagar 27,894 cêntimos, o que representa uma descida de 20% face ao ano passado, mas mantém a cotada na lista dos dividendos mais atractivos. A empresa de pasta e papel vai entregar 200 milhões de euros aos accionistas, o que corresponde a 96% dos lucros obtidos.
01 de Fevereiro de 2019 às 18:14
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Cerca de 300 trabalhadores da nova fábrica de papel da Navigator em Setúbal estão em greve desde quarta-feira por "aumentos de salário e pelo fim da discriminação salarial nas fábricas do grupo", revelou esta sexta-feira, 1 de fevereiro, a Comissão de Trabalhadores (CT).

"Os trabalhadores ATF (About the Future), empresa do grupo Navigator que faz a gestão da nova fábrica, estão em greve por aumentos salariais e pelo fim da discriminação salarial entre trabalhadores com as mesmas funções, mas que têm salários e regalias inferiores, comparativamente com os trabalhadores de outras fábricas do grupo The Navigator Company", disse Diogo Marques, da Comissão de Trabalhadores, à agência Lusa.

"Na proposta que apresentámos à administração, propomos uma atualização salarial de 3%, com um mínimo de 30 euros para cada trabalhador, e que o acordo seja celebrado a três anos", acrescentou Diogo Marques.

Segundo a Comissão de Trabalhadores da nova fábrica da Navigator, a par das questões salariais os trabalhadores reclamam também o fim da discriminação salarial, uma vez que "as diferenças salariais entre trabalhadores com as mesmas funções noutras fábricas do mesmo grupo chegam a ser de 500 euros".

"Quando a nova fábrica iniciou a atividade, em 2009, prometeram que nos iria ser aplicado o mesmo plano de carreiras das outras empresas do grupo, mas, quase dez anos depois, as diferenças salariais, de regalias e dos horários de trabalho, continuam a ser muito significativas", sublinhou Diogo Marques.

Segundo informação da Comissão de Trabalhadores, a administração da Navigator ainda não apresentou nenhuma contraproposta e recusa-se a negociar enquanto se mantiver a greve, que termina no final de sábado.

A Agência contactou a administração da Navigator, mas não obteve resposta em tempo oportuno.
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