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Navigator aumenta lucros em 11% e supera previsões

A redução de custos operacionais, a melhoria nos resultados financeiros e o impacto positivo da rubrica de impostos explicam a melhoria nos resultados líquidos da Navigator.

Pedro Elias
09 de Fevereiro de 2017 às 07:25
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A Navigator fechou 2016 com um resultado líquido de 217,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10,7% face ao ano anterior e fica acima das estimativas dos analistas do CaixaBI, que apontavam para lucros de 181,2 milhões de euros.

 

As receitas da ex-Portucel desceram 3,1% para 1.577,4 milhões de euros, o que não impediu uma subida de 1,9% no EBITDA para 397,4 milhões de euros. Nestes dois indicadores a Navigator também ficou em linha com as estimativas, já que o CaixaBI apontava para receitas de 1.561,9 milhões de euros, com um EBITDA de 398 milhões de euros.

 

O grande impulso aos lucros da empresa liderada por Diogo da Silveira foi dado pela melhoria dos resultados financeiros, que passaram de um valor negativo de 50,3 milhões de euros em 2015 para menos de metade no ano passado (-20,8 milhões de euros).

 

Em comunicado à CMVM, a Navigator atribui esta melhoria ao "profundo processo de restruturação do endividamento", que "passou pelo reembolso e renegociação de condições e prazos da dívida existentes e pela contratação de novas linhas de financiamento".

 

Estas operações permitiram alongar a maturidade média da dívida da Navigator para 4,5 anos e reduzir substancialmente o seu custo médio que no final do ano era de 1,7%, destaca a empresa.

 

No final de 2016 a dívida líquida estava em 640,7 milhões de euros, uma queda de 13,8 milhões de euros que a empresa assinala ter sido conseguida num ano em que o investimento ascendeu a 138,6 milhões de euros (-9,9%) e foram pagos 170 milhões de euros em dividendos.

 

Aumento das vendas e corte de custos atenua descida dos preços

 

Apesar da queda no volume de negócios, as vendas da Portucel atingiram um recorde no ano passado, ao ascenderem a 1.587 mil toneladas. O "forte desempenho operacional permite atenuar evolução negativa dos preços, com crescimento de 2% no volume de vendas de papel, 15% nas vendas de pasta e 30% no tissue", assinala a empresa em comunicado.

 

A determinar a queda no volume de negócios esteve também a "redução do valor de vendas na área de energia, após a revisão da tarifa de venda à rede na central de cogeração a gás natural da Figueira da Foz".  

 

A contribuir para a melhoria dos indicadores operacionais esteve também o programa de redução de custos, que a empresa diz ter tido um impacto positivo de 16 milhões de euros no EBITDA.

 

Vários factores não recorrentes também impactaram positivamente nos resultados da Navigator, tais como a reavaliação dos activos biológicos em Portugal. O "valor de EBITDA em 2016, sem o impacto dos elementos não recorrentes mencionados, teria sido sensivelmente equivalente ao registado em 2015", refere o comunicado.

 

A componente fiscal também deu um contributo decisivo ao aumento dos lucros da Portucel, já que a rubrica impostos teve um impacto positivo de 7,2 milhões de euros em 2016, contra um valor negativo de 35,8 milhões no ano anterior.

 

No comunicado a Navigator explica que "a rubrica de impostos reflecte um conjunto de reversões de provisões fiscais ocorridas no último trimestre de 2016, em consequência do encerramento do processo de inspecção fiscal da The Navigator Company ao exercício de 2013 e de decisões favoráveis dos tribunais no montante global de 23 milhões de euros".

 

Verificou-se também "o impacto positivo decorrente da adopção do regime de reavaliação publicado pelo DL 66/2016 de 3 de Novembro, cujo efeito líquido ascendeu a 16 milhões de euros".

 

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