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Martifer reduz prejuízos para 14,1 milhões nos primeiros nove meses
Os prejuízos do grupo Martifer atingiram 14,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma melhoria robusta face ao resultado líquido negativo de 60,3 milhões registado em igual período do ano passado.
O grupo Martifer mantém-se no vermelho, mas continua a melhorar a sua performance financeira, tendo fechado os primeiros três quartos do exercício com um prejuízo 77% abaixo do registado um ano antes.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Carlos Martins destaca a recuperação operacional nos primeiros nove meses do ano, com um EBITDA ("cash flow" operacional) positivo em todos os segmentos operacionais, totalizando 12,5 milhões de euros, mais quatro milhões do que no mesmo período do ano passado, "para o qual contribuiu o segmento de construção metálica, com 8,3 milhões de euros, e o segmento ‘renewables’ [renováveis] com 4,5 milhões de euros".
O EBIT (resultados antes de juros e impostos) passou de 35,1 milhões de euros negativos, há um ano, para 1,8 milhões positivos nos primeiros nove meses este ano.
De Janeiro a Setembro, o grupo Martifer obteve proveitos operacionais de 205 milhões de euros, o que traduz um crescimento homólogo de 30%. E a carteira de encomendas na construção metálica registou um crescimento de 2% para 250 milhões de euros.
A dívida líquida consolidada do grupo ascendia, no final de Setembro passado, a 276 milhões de euros, menos sete milhões face ao final do ano passado.
Neste período, o investimento total em activos fixos atingiu 3,6 milhões de euros, resultando do investimento no segmento de construção metálica (dois milhões), com destaque para o reforço da capacidade operacional na West Sea (estaleiro naval
em Viana do Castelo) e no segmento das renováveis (1,6 milhões de euros), "referente essencialmente a projectos em desenvolvimento no Brasil e na Polónia.
De resto, o grupo Martifer compromete-se a manter "a gestão focada na execução do plano de acção para 2015", que passa pela "conclusão do processo de reestruturação financeira, melhoria de processos e de eficiência operacional, e reforço da presença internacional".