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Lucros da Semapa quase duplicam para 141 milhões até junho
A holding que controla a Navigator e Secil registou um aumento dos resultados líquidos no primeiro semestre de 93,5%, impulsionado pelo acréscimo de EBITDA do negócio de pasta e papel.
A Semapa obteve no primeiro semestre deste ano lucros de 141,5 milhões de euros, o que significa um aumento de 93,5% face aos 73,1 milhões registados no mesmo período do ano passado.
O grupo justifica o acréscimo de 68,4 milhões no resultado líquido com o aumento do EBITDA em 200,3 milhões de euros, devido maioritariamente ao aumento registado no segmento de pasta e papel, sendo que por outro lado houve um agravamento de 13,3 milhões de euros nas depreciações, amortizações e perdas por imparidade e provisões, assim como dos resultados financeiros líquidos em cerca de 38,4 milhões e dos impostos sobre o rendimento em cerca de 50 milhões.
De acordo com a apresentação das contas semestrais da holding que controla a Navigator, a Secil e a ETSA, o volume de negócios consolidado do grupo atingiu os 1.465,7 milhões de euros, 50,9% acima dos 871,4 milhões apurados há um ano.
Para esse montante, 1.142 milhões de euros foram gerados no negócio da pasta e papel, 296,6 milhões no cimento e 27,1 milhões de euros na área do ambiente. No caso da Navigator, o aumento no volume de negócios foi de 59,8%, na Secil de 24,7%, com a evolução positiva registada em Portugal e no Brasil, e na ETSA de 43,8%.
Segundo a Semapa, as exportações e vendas no exterior neste período ascenderam a 1.091,2 milhões de euros, o que representa 74,4% do volume de negócios total.
O EBITDA dos primeiros seis meses do ano totalizou 425,1 milhões de euros, mais 89,1% face a 2021, com a Navigator a contribuir com 344,6 milhões de euros (mais 129%), a Secil a gerar 70,8 milhões (mais 5,5%) e a ETSA a assegurar 9,8 milhões (mais 35,5%).
A margem EBITDA consolidada atingiu 29%, 5,9 pontos percentuais acima da registada em igual período de 2021.
Até junho, o valor dos investimentos em ativos fixos aumentou 41,2% para cerca de 74,5 milhões de euros, destacando o grupo que o segmento da pasta e papel representou 34,3 milhões de euros e o do cimento 37,1 milhões de euros, dos quais 20,5 milhões relativos ao projeto CCL - Clean Cement Line na fábrica de cimento do Outão.
No final do primeiro semestre a dívida líquida remunerada consolidada era de 934,2 milhões de euros, 81,4 milhões abaixo (8%) da registada no final de 2021.