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Lucro do Grupo Visabeira sobe 77,1% em 2017 para 50 milhões de euros

O resultado líquido da Visabeira subiu 77,1% no ano passado face a 2016, para 50 milhões de euros, impulsionado pelos resultados da Vista Alegre, anunciou esta segunda-feira o grupo.

Miguel Baltazar
16 de Abril de 2018 às 11:09
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"O Grupo Visabeira alcançou em 2017 um resultado líquido de 50 milhões de euros, um montante superior relativamente ao exercício de 2016, que se fixou nos 28 milhões de euros", refere a empresa, em comunicado, salientando que "para este bom desempenho contribuiu a Vista Alegre, que reforçou a tendência positiva registada no final de 2016, alcançando este ano um resultado positivo de 4,2 milhões de euros".

O grupo destaca ainda a actividade desenvolvida nos mercados externos, que representam 64% do total do volume de negócios em 2017, mais 5,5 pontos percentuais que em 2016.

O volume de negócios consolidado cresceu 6,2% para 638 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 11,1% para 124 milhões de euros, traduzindo uma margem de 19,4%, contra 19,1% em 2016.

"A nível internacional, o Grupo Visabeira, através do seu 'know how' e competências distintivas, teve em 2017 um crescimento expressivo no mercado europeu com um incremento de 27,7% face a 2016", refere a empresa, adiantando que "o volume de negócios na Europa ascendeu a 266 milhões de euros, representando 41,6% do volume de negócios consolidado, sendo o principal país de destino França, com um peso de 64,9%".

Bélgica, Alemanha, Itália, Espanha e Dinamarca apresentam um peso de 35,1% neste mercado.

"Os mercados de África ascenderam a 129 milhões de euros neste período, correspondendo a 20,2% do total do volume de negócios do Grupo. Os 3,8% remanescentes, correspondentes a 24,2 milhões de euros, respeitam aos mercados americano e asiático", acrescenta.

"A área de negócios com maior peso nas contas consolidadas é a Visabeira Global, com um contributo de 70,6% do volume de negócios total e de 63,1% do EBITDA, suportada na boa performance operacional nas actividades de televisão por cabo e infraestruturas de telecomunicações e energia", prossegue o grupo, adiantando que a indústria e turismo representam um quarto (25,4%) do total do volume de negócios e 30,4% do EBITDA.

Os restantes 4% do volume de negócios respeitam à sub-holding Visabeira Participações.

"O Grupo Visabeira continua empenhado e focado no desenvolvimento e crescimento sustentado das suas actividades nos mercados internacionais, nomeadamente no europeu", refere a empresa, no comunicado.

"Com esse objectivo, o Grupo Visabeira, através da Constructel França, iniciou a sua operação em Itália com a aquisição da IEME, uma empresa que tem como principais actividades o projecto, a construção e a manutenção de redes de energia, com contratos com a ENEL há mais de 50 anos", acrescenta.

"A aquisição da IEME pela Constructel irá potenciar a consolidação dos contratos existentes no âmbito da energia e alargar a novas áreas de engenharia, em particular, actividades para a área das telecomunicações com enfoque na construção das redes de fibra óptica", adianta.

No que respeita à estratégia de consolidação no mercado belga, "merece destaque a aquisição da Modal, empresa com actividade complementar à Constructel junto à Proximus (Belgacom), que permite fortalecer a sua posição, passando, desta forma, a Constructel a ser o maior prestador de serviços para este operador de telecomunicações".

O grupo também conquistou, em consórcio com a Orange (France Telecom), um concurso com um volume de negócios estimado em 100 milhões de euros para a construção de rede de telecomunicações em fibra óptica na Martinica, a realizar nos próximos quatro anos.

No que respeita à indústria, a Visabeira salienta "os projectos desenvolvidos com o objectivo de potenciar a competitividade, por aumento de capacidade, diversificação e optimização da produção e inovações ao processo produtivo, com destaque para os projectos CerexCor e CristaLux nas áreas do grés, cristalaria e vidro, e DecorRia, na Ria Stone, que permitam alargar a oferta dos seus produtos".

O grupo aponta ainda "a redução em 2017 de 92 milhões de euros de financiamentos, prosseguindo-se a estratégia de desalavancagem reforçada em 2016, ano em que se verificou também uma diminuição de 62 milhões de euros, perfazendo uma redução acumulada em 2016 e 2017 de 154 milhões de euros".
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