Notícia
Lauak quer despedir mais de 200 trabalhadores em Setúbal e Grândola
A Lauak pretende avançar com o despedimento coletivo de 233 dos 702 trabalhadores das duas fábricas de componentes para a indústria aeronáutica no distrito de Setúbal, disse hoje à agência Lusa fonte sindical.
18 de Junho de 2020 às 18:20
A Lauak, filial da multinacional francesa da indústria aeronáutica com o mesmo nome, já comunicou ao SITESUL - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, a intenção de proceder ao despedimento coletivo de 197 trabalhadores na fábrica de Setúbal e de mais 36 trabalhadores da unidade industrial de Grândola.
"Os representantes da empresa transmitiram-nos que não iam recorrer ao `layoff´ para minimizar o impacto da redução de encomendas devido à pandemia de covid-19, porque isso representava uma perda de rendimento para os trabalhadores, mas depois fazem algo bem pior, que é lançar estes trabalhadores para o desemprego", disse à agência Lusa Esmeralda Marques, do SITESUL.
"Os trabalhadores da fábrica de Setúbal estão muito revoltados, consideram que a empresa não está a ter em consideração os esforços que têm feito, porque que têm sido flexíveis em termos de horários e até no uso de férias, em benefício da empresa. E agora a Lauak, em vez de segurar estes trabalhadores qualificados, decidiu mandá-los para o desemprego", sublinhou.
Segundo Esmeralda Marques, face à ameaça de despedimento coletivo, os trabalhadores marcaram um plenário para as 8:30 de sexta-feira, para manifestarem o seu descontentamento pela forma como estão a ser tratados pela administração da Lauak.
No âmbito do processo de despedimento coletivo na fábrica de Setúbal, está prevista par esta sexta-feira, às 9:00, uma primeira reunião entre a administração, representantes dos trabalhadores e a DGERT, Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, e os trabalhadores da Lauak querem aproveitar esse momento para se manifestarem.
"Os trabalhadores querem manifestar o seu protesto pela forma como estão a ser tratados à chegada da administração da Lauak para essa reunião", disse Esmeralda Marques.
A sindicalista salientou ainda que a Lauak tem vindo a melhorar progressivamente os resultados, tendo registado um "volume de vendas de 31 milhões de euros e um resultado líquido de 4,2 milhões de euros em 2018".
"A Lauak também tem recebido muitos apoios do Estado, não só para a formação profissional dos seus trabalhadores, como para a construção e instalação da unidade industrial de Grândola, em que beneficiou de um apoio de cerca de oito milhões de euros, no âmbito de uma candidatura a um programa do quadro comunitário de apoio Portugal2020", disse.
"O que nos parece é que a empresa beneficiou desses apoios e agora não está a cumprir com os trabalhadores", concluiu a sindicalista.
A agência Lusa tentou contactar a Lauak, mas a administração da empresa escusou-se a prestar declarações sobre o despedimento coletivo nas fábricas de Grândola e Setúbal.
"Os representantes da empresa transmitiram-nos que não iam recorrer ao `layoff´ para minimizar o impacto da redução de encomendas devido à pandemia de covid-19, porque isso representava uma perda de rendimento para os trabalhadores, mas depois fazem algo bem pior, que é lançar estes trabalhadores para o desemprego", disse à agência Lusa Esmeralda Marques, do SITESUL.
Segundo Esmeralda Marques, face à ameaça de despedimento coletivo, os trabalhadores marcaram um plenário para as 8:30 de sexta-feira, para manifestarem o seu descontentamento pela forma como estão a ser tratados pela administração da Lauak.
No âmbito do processo de despedimento coletivo na fábrica de Setúbal, está prevista par esta sexta-feira, às 9:00, uma primeira reunião entre a administração, representantes dos trabalhadores e a DGERT, Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, e os trabalhadores da Lauak querem aproveitar esse momento para se manifestarem.
"Os trabalhadores querem manifestar o seu protesto pela forma como estão a ser tratados à chegada da administração da Lauak para essa reunião", disse Esmeralda Marques.
A sindicalista salientou ainda que a Lauak tem vindo a melhorar progressivamente os resultados, tendo registado um "volume de vendas de 31 milhões de euros e um resultado líquido de 4,2 milhões de euros em 2018".
"A Lauak também tem recebido muitos apoios do Estado, não só para a formação profissional dos seus trabalhadores, como para a construção e instalação da unidade industrial de Grândola, em que beneficiou de um apoio de cerca de oito milhões de euros, no âmbito de uma candidatura a um programa do quadro comunitário de apoio Portugal2020", disse.
"O que nos parece é que a empresa beneficiou desses apoios e agora não está a cumprir com os trabalhadores", concluiu a sindicalista.
A agência Lusa tentou contactar a Lauak, mas a administração da empresa escusou-se a prestar declarações sobre o despedimento coletivo nas fábricas de Grândola e Setúbal.