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Laskasas aumenta salário mínimo para 750 euros e procura sem sucesso 40 trabalhadores
O grupo de artigos de mobiliário e decoração, com três fábricas em Rebordosa e 15 lojas em cinco países, tem 430 trabalhadores e está a rejeitar encomendas por falta de mão-de-obra. “Estou a precisar de mais 40 pessoas, mas não encontro”, queixa-se o patrão.
"Pago o que é de lei - 665 euros, mas a partir de 1 de janeiro de 2022 o salário mínimo no meu grupo passa para 750 euros, muito acima dos 705 que o Governo propõe para o próximo ano", revela o dono da Laskasas ao Negócios.
"Crio valor à marca, pelo que posso pagar melhor", explica Celso Lascasas, líder de um dos maiores fabricantes portugueses de artigos de mobiliário e decoração, com três fábricas em Rebordosa, concelho de Paredes, e uma rede de 15 lojas, das quais 11 em Portugal e quatro no estrangeiro (em Punta Cana, Marbella, Luanda e Moscovo).
"A empresa tem apresentado resultados positivos e continua a crescer de forma sustentada", sendo que "o mérito é, sem dúvida, dos nossos colaboradores. Acredito que estes bons resultados só são possíveis com uma equipa altamente motivada, empenhada e dedicada como a nossa", realça o CEO da Laskasas.
O aumento do salário mínimo no grupo que lidera abrange "cerca de 70" dos seus atuais 430 trabalhadores.
"O aumento dos vencimentos é também uma forma de reconhecer e de motivar a nossa equipa, para que a empresa possa continuar a crescer no futuro e dar aos nossos trabalhadores mais algum poder de compra", sinaliza Lascasas.
Depois de ter batido o recorde de faturação em 2020, chegando aos 24 milhões de euros, Celso Lascasas prevê encerrar o exercício em curso com um crescimento da ordem dos 12% face às vendas registadas no ano passado.
Entretanto, o empresário garante que a situação de falta de mão-de-obra, que tinha relatado ao Negócios há menos de três semanas, não sofreu qualquer alternação.
"Estou a precisar de mais umas 40 pessoas, entre marceneiros, estofadores, maquinistas e serralheiros, mas não encontro, o que faz com que esteja a rejeitar encomendas e a prolongar os prazos para a entrega de outras", queixava-se Celso Lascasas, a 2 de novembro passado.
22 de novembro: "A situação mantém-se", lamenta o empresário.