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Indústria receia dificuldades de tesouraria com pagamento de subsídios em duodécimos

A AIP alerta para o aumento de necessidades de tesouraria das empresas devido ao pagamento de metade dos subsídios de Natal e de férias em duodécimos.

Negócios 13 de Dezembro de 2012 às 12:34
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A Associação Industrial Portuguesa (AIP) “alerta para o impacto na tesouraria das empresas do pagamento faseado dos subsídios de Natal e de Férias”. Em causa está a proposta do Governo que visa tornar obrigatório o pagamento de metade dos subsídios ao longo dos meses.

“A AIP constata que a antecipação de rendimentos para as famílias e de colecta de IRS pelo Estado tem como consequência um aumento das necessidades de tesouraria das empresas”, de acordo com um comunicado enviado para as redacções.

A associação diz “compreender a urgência de medidas de consolidação orçamental”, mas lamenta “que, mais uma vez, se aumente a pressão sobre a tesouraria das empresas, já fortemente debilitadas pela redução acentuada do financiamento bancário.”

A AIP explica que, em termos acumulados, uma empresa que tenha encargos de 50 mil euros com salários, terá “picos de tesouraria adicional de 20,8 mil euros nos meses de Maio, Junho e Novembro”, meses que antecedem o habitual período de pagamento dos subsídios.

A associação defende que serão as empresas a financiar esta antecipação do pagamento de parte dos subsídios, ainda que no final do ano “as necessidades adicionais de tesouraria para as empresas e os ganhos para os trabalhadores e para o Estado ficarão obviamente anuladas já que o montante total a pagar é o mesmo.”

 
Empresas serão as mais lesadas, porque:

- Os trabalhadores recebem de forma antecipada parte dos subsídios (aos quais terá de ser abatido o IRS liquidado); no exemplo apresentado os trabalhadores chegam a acumular ganhos de antecipação na ordem dos 15,6 mil euros nos meses de Maio, Junho e Novembro;

- O Estado cobra antecipadamente o IRS sobre os adiantamentos aos trabalhadores; no exemplo apresentado, o Estado teria ganhos de antecipação com picos nos mesmos meses de 5,2 mil euros;

- As empresas seriam quem financiaria os ganhos de antecipação dos trabalhadores e do Estado com tesouraria adicional de 20,8 mil euros.

 

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