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Inapa volta aos lucros dois anos depois
A Inapa apresentou lucros de 1,3 milhões de euros no ano passado. Uma melhoria de 7,3 milhões relativamente ao ano de 2012, em que tinha registado prejuízos de seis milhões de euros. Depois de dois anos com resultados líquidos negativos, é o regresso aos registos positivos. Apesar da queda de venda de papel, os negócios complementares (embalagens e comunicação visual) deram um impulso aos resultados.
Em 2013, o crescimento dos negócios complementares de 18%, permitiu compensar parcialmente a quebra das vendas do papel de 6,2%, reflectindo segundo a Inapa a estratégia de médio e longo prazo que visa a diversificação geográfica e da carteira de clientes. Os negócios complementares representam já 14% das vendas consolidadas do grupo mas quase 30% do resultado operacional.
O negócio da venda de papel (core neste grupo) continua em perda e houve uma quebra na procura, onde se “destaca a queda de cerca de 5% no sector gráfico”. As vendas em volume caíram 4,2% face a 2012 para 798 mil toneladas, mas a Inapa diz estar a apostar na diversificação de clientes e destinos, e a aquisição da turca Korda é um primeiro sinal do caminho que está a ser percorrido.
O grupo, que tem o Estado e o BCP como principais accionistas, refere ainda em comunicado que mais de 95% do negócio é feito nos mercados internacionais, e que a contribuição dos negócios complementares (embalagem e comunicação visual), "conseguiu mesmo contrariar e compensar a queda verificada no negócio do papel".
"Em termos consolidados, e a par do comportamento positivo do resultado líquido, destaque-se ainda um crescimento do EBITDA da actividade corrente sem efeitos extraordinários para 23,4 milhões de euros (+33,5%) e para a redução da dívida líquida para 341,2 milhões”, salienta a Inapa.
A Inapa salienta que em resultado do rigor imprimido à gestão de custos, “os custos de exploração registaram uma redução de cerca de 3,7 milhões de euros, passando de 140,1 milhões de euros para 136,4 milhões”. O grupo atribui este decréscimo à redução dos custos de distribuição, gastos administrativos e com pessoal.