O presidente executivo, José Félix Morgado, prevê que, no quarto trimestre, "se mantenha" a tendência dos trimestres anteriores, com resultados acima de 2013. Será o segundo ano consecutivo de contas positivas. Mas não deverá ser suficiente para que a empresa distribua dividendos aos detentores de acções ordinárias.

"O conselho de administração é soberano nesta matéria. Mas o entendimento que temos [na gestão] é que deveremos dar prioridade ao reembolso da dívida em vez de dar prioridade ao pagamento de dividendos", disse Félix Morgado ao Negócios.
A dívida da distribuidora de papel ficou em 321 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, reflectindo uma redução de 2% em relação ao mesmo período de 2013, período em que o lucro cresceu quase cinco vezes.

O Estado perde, assim, rendimento, já que não recebe a remuneração accionista da posição de 32% que detém no capital, através da Parpública e da CGD. O banco tem uma participação através de acções preferenciais que receberam, este ano, uma remuneração bruta de 0,0018 euros por título relativo a 2011. Não foram pagos dividendos face a 2012 nem 2013. Os detentores de acções ordinárias, como é o caso da Parpública, não têm recebido acções. E assim deverão continuar, segundo o que foi dito pelo CEO da Inapa.  

Segundo o gestor, "é natural" que a sociedade estatal não considere a sua posição estratégica e que, por isso, queira vendê-la.