Notícia
Esquema "criminoso" na Coreia do Sul abre buraco de 95 milhões nas contas da ABB
A alegada fraude foi detectada no dia 9, dois dias depois de o responsável financeiro da operação naquele mercado ter desaparecido. Analistas não esperam impacto forte nas contas de 2017.
As contas da empresa suíça de tecnologia industrial ABB deverão vir a registar um rombo de 100 milhões de dólares (cerca de 95 milhões de euros à cotação actual), na sequência de um "esquema criminoso sofisticado" levado a cabo na sua subsidiária da Coreia do Sul.
A "notícia chocante" foi dada aos colaboradores pelo CEO através de uma mensagem interna. Ulrich Spiesshofer admite que o sucedido possa pôr em causa a reputação da companhia e avisa que terá sequelas para todos. "Todo o grupo ABB – todos nós, os 132 mil [colaboradores] – terá de viver com as consequências," advertiu o responsável, citado pela Reuters. O valor respeita a cerca de 4% dos lucros da ABB em 2016.
A empresa garante que o esquema se cingiu apenas àquela operação regional e que o responsável financeiro – desaparecido desde dia 7 - é suspeito de falsificar documentação e de conspirar com terceiros para roubar a empresa.
A operação sul-coreana emprega 800 pessoas e foi responsável por vendas de 525 milhões de dólares em 2015. A ABB estava, entretanto, a ser investigada por alegada corrupção e suborno no Reino Unido envolvendo a empresa fornecedora de serviços para a indústria petrolífera, a Unaoil.
As acções da ABB recuam 0,17% para 23,1 francos suíços na bolsa de Zurique, no dia em que nomeou Lars Forberg, director da Cevian Capital – segundo maior accionista -, para a sua administração.
Numa nota de research citada pelo Market Watch, os analistas do Morgan Stanley reconhecem o impacto negativo mas dizem não esperar um efeito importante nos lucros da empresa em 2017: "As notícias não são claramente boas e deverá haver algumas questões legítimas dos investidores sobre a supervisão".
A ABB (Asea Brown Boveri) está em Portugal desde 1956 e fornece produtos e serviços na área da automação ou da energia, onde se enquadram também sistemas de carregamento de veículos eléctricos. Com sede em Paço de Arcos e mais dois centros no país, é detida pela ABB em Espanha e gerida a nível ibérico, refere o site da companhia.
A "notícia chocante" foi dada aos colaboradores pelo CEO através de uma mensagem interna. Ulrich Spiesshofer admite que o sucedido possa pôr em causa a reputação da companhia e avisa que terá sequelas para todos. "Todo o grupo ABB – todos nós, os 132 mil [colaboradores] – terá de viver com as consequências," advertiu o responsável, citado pela Reuters. O valor respeita a cerca de 4% dos lucros da ABB em 2016.
A operação sul-coreana emprega 800 pessoas e foi responsável por vendas de 525 milhões de dólares em 2015. A ABB estava, entretanto, a ser investigada por alegada corrupção e suborno no Reino Unido envolvendo a empresa fornecedora de serviços para a indústria petrolífera, a Unaoil.
As acções da ABB recuam 0,17% para 23,1 francos suíços na bolsa de Zurique, no dia em que nomeou Lars Forberg, director da Cevian Capital – segundo maior accionista -, para a sua administração.
Numa nota de research citada pelo Market Watch, os analistas do Morgan Stanley reconhecem o impacto negativo mas dizem não esperar um efeito importante nos lucros da empresa em 2017: "As notícias não são claramente boas e deverá haver algumas questões legítimas dos investidores sobre a supervisão".
A ABB (Asea Brown Boveri) está em Portugal desde 1956 e fornece produtos e serviços na área da automação ou da energia, onde se enquadram também sistemas de carregamento de veículos eléctricos. Com sede em Paço de Arcos e mais dois centros no país, é detida pela ABB em Espanha e gerida a nível ibérico, refere o site da companhia.
