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Dona da MultiOpticas vai contratar mais 50 pessoas para a fábrica de Gaia
O grupo holandês GrandVision, que detém 233 lojas em Portugal das marcas MultiOpticas, GrandOptical e Solaris, já investiu 12,5 milhões de euros na sua unidade produtiva em Gaia, onde deverá chegar aos 150 trabalhadores “até ao final do ano, início de 2020”.
Esta terça-feira, 19 de março, abre a quinta loja do grupo GrandVision em Braga e a terceira da sua marca GrandOptical no Norte do país - "um sonho antigo", como refere o CEO da subsidiária portuguesa.
Para Rui Borges, os cerca de 350 mil euros investidos na unidade bracarense "são um investimento elevado, como todos os que fazemos no retalho desta marca e prende-se, essencialmente, com materiais de alta qualidade e decoração", naquele que caracteriza como um "posicionamento alto/premium".
Esta é a loja número oito da GrandOptical em Portugal, que em dezembro investiu meio milhão de euros noutro estabelecimento na capital. Rui Borges adianta que está nos horizontes da empresa a abertura de mais quatro até 2023 em locais como Lisboa, Funchal e na zona histórica do Porto, num investimento que poderá ultrapassar 1,5 milhões de euros.
Além da GrandOptical, o grupo detém as marcas MultiOpticas (atualmente com 216 lojas) e Solaris (especializada em óculos de sol), num total de 233 lojas em Portugal. Ainda assim, Rui Borges admite que "há mercado para mais". "Há oportunidades e existe sempre espaço, desde que façamos as coisas com conta, peso e medida", afirma ao Negócios.
A expansão da GrandVision em Portugal justifica-se pelo nível concorrencial existente no mercado nacional, "o segundo mais competitivo da Europa", segundo o responsável português. Daí o crescente investimento na fábrica que o grupo montou em Vila Nova de Gaia há cinco anos e onde, segundo Rui Borges, já realizou um investimento de 12,5 milhões de euros e emprega 100 pessoas.
A promessa de chegar aos 150 trabalhadores deverá ser cumprida "até ao final do ano, início de 2020".
Atualmente a produzir cerca de 1,8 milhões de pares de óculos por ano, que são maioritariamente para exportação, o CEO garante que a fábrica terá capacidade instalada para duplicar o número assim que começar a operar com três turnos de trabalho. "Isso será possível quando estiver terminada a ligação informática automatizada", que trará "os países do norte da Europa, gradualmente, a produzir em Portugal".
O investimento da GrandVision em Portugal passou, recentemente, pela aquisição do negócio de óticas do El Corte Inglés com a compra das lojas Óptica 2000 (duas em Portugal e 106 em Espanha), mas Rui Borges admite que "ainda não há uma decisão tomada sobre o que irá acontecer" aos estabelecimentos em território nacional.