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Corticeira Amorim aumenta lucro semestral em 20% para 48 milhões

A empresa liderada por António Rios Amorim faturou 546 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, uma subida de 25,9%, impulsionada pela consolidação do Grupo SACI.

António Rios Amorim mantém-se há 21 anos à frente dos destinos da maior empresa de produtos de cortiça do mundo.
Jorge Miguel Gonçalves
02 de Agosto de 2022 às 16:45
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A Corticeira Amorim fechou a primeira metade do ano com lucros de 48 milhões de euros, um valor que supera em 20,6% os números de um ano atrás, informou esta terça-feira a empresa em comunicado. Excluindo a consolidação do Grupo SACI os lucros aumentaram 14%, para 45 milhões de euros, assinala.

As vendas ascenderam a 546 milhões de euros, o que traduz uma subida homóloga de 25,9%, tendo a consolidação feita a partir de 1 de janeiro deste ano, contribuído "significativamente". Excluindo esse efeito, as vendas teriam aumentado 12,7%.

A Corticeira destaca que o contributo do Grupo SACI se traduz em 57 milhões de euros em vendas e em três milhões de euros nos lucros.

A empresa indica ainda que o EBITDA cresceu 27,3%, para 98 milhões de euros, sendo que sem contabilizar a SACI a subida teria sido mais modesta: 12,7%.

A Corticeira aponta que "as pressões inflacionistas, particularmente na energia, matérias-primas e transportes, tenham continuado a penalizar os resultados", mas esse efeito foi atenuado pelos maiores níveis de atividade e pela "melhoria do mix de produto".

Ainda assim, notaram-se "alguns sinais de abrandamento no segundo trimestre".

A unidade de negócio das rolhas foi responsável pela "fatia de leão" das receitas, com uma faturação de 402 milhões de euros, o que representa um crescimento de 29%. Excluindo a SACI a subida nas vendas cifra-se em 10,7%. A Corticeira aponta vários fatores para o "salto" nas vendas: "maiores níveis de atividade, da melhoria do mix de produto, da subida de preços implementada no início do ano e do impacto cambial positivo". O EBITDA deste segmento registou um incremento de 31,1%, para os 77 milhões de euros.

Já a unidade de revestimentos faturou 77 milhões de euros, mais 21,7% do que um ano antes, e um EBITDA de dois milhões de euros, enquanto no segmento de isolamentos o crescimento foi de 10,6%. No entanto, "os maiores custos operacionais (nomeadamente decorrentes do aumento do preço de energia) e o aumento do preço de consumo de cortiça penalizaram os resultados operacionais", nota a Corticeira. 

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