Notícia
Conflito no Médio Oriente obriga têxtil Riopele a procurar novas rotas logísticas
A Riopele "passou a viver uma nova realidade", na medida em que "o transporte de um contentor proveniente da Ásia passou a demorar 60 dias, em vez dos tradicionais 45".
30 de Abril de 2024 às 12:17
A escalada do conflito no Médio Oriente e recurso a rotas marítimas alternativas obrigou a têxtil Riopele a repensar todo o seu sistema logístico, face ao aumento de 45 para 60 dias do tempo de transporte de contentores da Ásia.
"Uma vez que não conseguimos agir diretamente sobre as rotas marítimas, o que fizemos foi informar os nossos parceiros de todos os procedimentos", afirma o diretor do departamento de compras da Riopele, Paulo Oliveira, citado numa nota publicada no 'site' da empresa.
Adicionalmente, refere, a Riopele "priorizou duas companhias marítimas de referência", mantendo-se "atenta a novos desenvolvimentos".
De acordo com o responsável, "a guerra entre Israel e o Hamas, seguida dos ataques aos navios no Canal de Suez por parte do grupo Huthi, levou a que as grandes companhias marítimas desviassem a sua rota normal pelo Mar Vermelho para o sul de África, pelo Cabo da Boa Esperança", tendo como consequência direta o aumento do frete e do tempo de trânsito.
Para além disso, recordou Paulo Oliveira, "o mau tempo e a agitação marítima que se verificou durante o primeiro trimestre do corrente ano provocou o fecho de algumas barras marítimas, o que obrigou o desvio de alguns navios com paragem em Sines para outros portos marítimos, como por exemplo, o porto marítimo de Le Havre".
Como resultado, a Riopele "passou a viver uma nova realidade", na medida em que "o transporte de um contentor proveniente da Ásia passou a demorar 60 dias, em vez dos tradicionais 45".
O diretor de logística da Riopele, Miguel Teles, lembra, por sua vez, que já antes a atividade exportadora da Riopele tinha ficado afetada: "Desde o início da Guerra na Ucrânia o transporte de mercadorias para os países de leste diminuiu substancialmente", lamenta.
Já ao nível da importação, acrescenta, "o tempo de trânsito das matérias-primas aumentou consideravelmente, o que obrigou a repensar a estratégia de aprovisionamento, antecipando planos de compra de forma a minimizar eventuais riscos".
Com sede em Vila Nova de Famalicão, a Riopele exporta mais de 90% da sua produção para 50 mercados na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2023 registou um crescimento da faturação de 6,4%, para um novo máximo histórico de 98,4 milhões de euros, tendo como objetivo atingir os 100 milhões no ano em que assinala o centenário, em 2027.
Nos últimos cinco anos, marcados por um "ambiente de negócios particularmente hostil", com destaque para a pandemia de covid-19, a têxtil destaca ter conseguido um crescimento de 24,6%.
Em 2021, o investimento num novo polo logístico permitiu à empresa a centralização das suas operações logísticas, garantindo, segundo Miguel Teles, "melhores condições de armazenagem dos principais materiais utilizados na fabricação de tecidos, a centralização dos 'stocks' e a sua organização."
"Dessa forma, assumimos internamente a gestão dos transportes, selecionando parceiros que garantem entregas rápidas e fiáveis", realça.
"Uma vez que não conseguimos agir diretamente sobre as rotas marítimas, o que fizemos foi informar os nossos parceiros de todos os procedimentos", afirma o diretor do departamento de compras da Riopele, Paulo Oliveira, citado numa nota publicada no 'site' da empresa.
De acordo com o responsável, "a guerra entre Israel e o Hamas, seguida dos ataques aos navios no Canal de Suez por parte do grupo Huthi, levou a que as grandes companhias marítimas desviassem a sua rota normal pelo Mar Vermelho para o sul de África, pelo Cabo da Boa Esperança", tendo como consequência direta o aumento do frete e do tempo de trânsito.
Para além disso, recordou Paulo Oliveira, "o mau tempo e a agitação marítima que se verificou durante o primeiro trimestre do corrente ano provocou o fecho de algumas barras marítimas, o que obrigou o desvio de alguns navios com paragem em Sines para outros portos marítimos, como por exemplo, o porto marítimo de Le Havre".
Como resultado, a Riopele "passou a viver uma nova realidade", na medida em que "o transporte de um contentor proveniente da Ásia passou a demorar 60 dias, em vez dos tradicionais 45".
O diretor de logística da Riopele, Miguel Teles, lembra, por sua vez, que já antes a atividade exportadora da Riopele tinha ficado afetada: "Desde o início da Guerra na Ucrânia o transporte de mercadorias para os países de leste diminuiu substancialmente", lamenta.
Já ao nível da importação, acrescenta, "o tempo de trânsito das matérias-primas aumentou consideravelmente, o que obrigou a repensar a estratégia de aprovisionamento, antecipando planos de compra de forma a minimizar eventuais riscos".
Com sede em Vila Nova de Famalicão, a Riopele exporta mais de 90% da sua produção para 50 mercados na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2023 registou um crescimento da faturação de 6,4%, para um novo máximo histórico de 98,4 milhões de euros, tendo como objetivo atingir os 100 milhões no ano em que assinala o centenário, em 2027.
Nos últimos cinco anos, marcados por um "ambiente de negócios particularmente hostil", com destaque para a pandemia de covid-19, a têxtil destaca ter conseguido um crescimento de 24,6%.
Em 2021, o investimento num novo polo logístico permitiu à empresa a centralização das suas operações logísticas, garantindo, segundo Miguel Teles, "melhores condições de armazenagem dos principais materiais utilizados na fabricação de tecidos, a centralização dos 'stocks' e a sua organização."
"Dessa forma, assumimos internamente a gestão dos transportes, selecionando parceiros que garantem entregas rápidas e fiáveis", realça.