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Bruxelas impede fusão para criar segundo maior fabricante de aço europeu

A preocupação com a subida do preço do aço motivou o chumbo da Comissão Europeia à união dos ativos europeus da Thyssenkrupp e da Tata Steel.

11 de Junho de 2019 às 13:17
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A Comissão Europeia oficializou esta terça-feira o chumbo à operação de fusão entre as unidades europeias de fabrico de aço da alemã Thyssenkrupp e da indiana Tata Steel.

 

As duas empresas já tinham desistido do negócio que daria origem ao segundo maior fabricante de aço europeu, devido aos obstáculos colocados por Bruxelas, que exigia remédios que a Thyssenkrupp e a Tata Steel classificaram de "incomportáveis".

 

"A fusão iria reduzir a concorrência e aumentar os preços para diferentes tipos de aço", explica um comunicado da Comissão Europeia, acrescentando que as duas empresas "não ofereceram os remédios adequados para resolver estas preocupações.

 

Margrethe Vestager, comissária europeias com a pasta da concorrência, explicou que "o aço é um produto crucial para muitas coisas que usamos no dia a dia, como embalagens e carros". Além disso, "milhões de pessoas trabalham nestes setores e as empresas dependem de preços competitivos do aço para vender os seus produtos a nível global".

 

Dado que a Thyssenkrupp e a Tata Steel não se mostraram disponíveis para tomar medidas que contrariem a expectativa de subida de preços do aço com a fusão, a Comissão Europeia "proibiu a operação para evitar um alarme sério nos clientes industriais e consumidores", acrescentou Vestager.

 

Com esta decisão, a candidata a presidente da Comissão Europeia chumba a sexta operação de concentração do seu mandato.

 

A fusão tinha como objetivo captar sinergias anuais entre 400 e 600 milhões de euros e pressupunha o corte de 4 mil empregos. Os ativos da Thyssenkrupp estão sobretudo na Alemanha, enquanto a Tata tem fábricas na Holanda e no Reino Unido.

 

Com o fim do negócio, a Thyssenkrupp terá de desistir de separar-se em duas companhias distintas e a Tata deverá optar por alienar os ativos na Europa a uma empresa do setor com presença diminuta neste negócio de fabrico de aço.

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