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BEI financia ampliação da fábrica da Navigator com 25 milhões

O banco europeu vai apoiar o projecto de modernização da fábrica de Cacia que, além do aumento da eficiência e da produção, contribui para o desempenho ambiental e para a criação de postos de trabalho.

O Haitong avalia as acções da Navigator em 4,20 euros, o que implica um potencial de valorização de 26%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento classifica a Navigator com uma das companhias “mais eficientes” da indústria, apresentando margens acima de 20% devido à sua integração total (pasta e papel), baixos custos laborais e nova capacidade de produção.

O Haitong estima que em 2017 a ex-Portucel vai ser capaz de manter o EBITDA estável apesar da redução substancial dos preços da pasta no último ano. “A empresa deve beneficiar de um dólar forte e dos resultados dos programas de eficiência implementados”, refere o banco.

O baixo endividamento (representa em 2016 apenas 1,7 vezes o EBITDA) e o elevado “payout” (percentagem dos lucros distribuídos aos accionistas) permitem à Navigator apresentar um dos maiores “dividend yields”  da Península Ibérica.
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 08 de Julho de 2016 às 13:33
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O Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu um empréstimo de 25 milhões de euros à The Navigator Company, a nova designação adoptada pelo grupo Portucel, anunciou a instituição em comunicado esta sexta-feira, dia em que Román Escolano, vice-presidente da instituição financeira, e Diogo da Silveira, CEO da empresa, reuniram em Lisboa.

Este financiamento destina-se ao projecto de modernização e ampliação da fábrica de pasta de papel da empresa em Cacia, no distrito de Aveiro, realizado com o objectivo de aumentar a eficiência e produção, permitindo um aumento de 20% na capacidade.

No comunicado, o BEI destaca ainda que, simultaneamente, o projecto contribui para a melhoria do desempenho ambiental da fábrica através de um maior recurso às energias renováveis.

O empréstimo de 25 milhões também contribuirá para a criação de emprego numa região de coesão. "O projecto de Cacia tem um impacto muito positivo na criação de postos de trabalho directos e indirectos na região do Baixo Vouga: por cada posto de trabalho na fábrica são gerados mais oito postos de trabalho na região", realça a instituição financeira europeia, frisando que a modernização da fábrica de pasta de papel contribuiu para a criação de emprego, a montante, na cadeia de abastecimento de pasta de papel e na área da silvicultura.

Por outro lado, sublinha, a substituição da utilização de fuelóleo por gás natural na fábrica de Cacia aumentará não só a sua capacidade de produção, como também reduzirá as emissões de gases com efeito de estufa. "A fábrica será mais respeitadora do ambiente na medida em que as suas tecnologias actuais serão actualizadas em conformidade com as mais modernas tecnologias de redução de emissões", afirma o banco, acrescentando que a fábrica de Cacia processará exclusivamente biomassa proveniente de florestas certificadas segundo sistemas de certificação florestal internacionalmente reconhecidos.

Citado no comunicado, o vice-presidente do BEI, Román Escolano, sublinhou que "este investimento em Portugal está a contribuir para aumentar a eficiência e reforçar a competitividade da fábrica de Cacia, melhorando simultaneamente a sua sustentabilidade ambiental".

Também Diogo da Silveira, CEO da The Navigator Company, referiu que graças ao acordo "a nossa empresa poderá prosseguir o seu caminho de crescimento sustentável na Europa".

O investimento na fábrica de Cacia totalizou 56 milhões de euros e destina-se igualmente a permitir ao grupo português aumentar as exportações.

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