A Arrow recebeu esta sexta-feira luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC) para comprar a Aleluia - Cerâmicas, S.A., empresa que pertenceu em tempos à Rioforte, do universo Espírito Santo. 

A Aleluia - Cerâmicas, S.A. surgiu em 2006, resultando da fusão de várias empresas portuguesas detentoras das marcas Aleluia, Ceramic, Apolo, Viúva Lamego e Keratec. 

Em 2012 a Aleluia foi adquirida pela Prebuild, de João Gama Leão, numa altura em que a empresa enfrentava grandes dificuldades.

O empresário viria a dizer em 2021, na comissão de inquérito parlamentar sobre o colapso do BES, que a compra da Aleluia foi feita a pedido do banco de Ricardo Salgado e foi fechada pela assunção da dívida, mediante o compromisso do BES em reestruturar essa mesma dívida. O grupo Prebuild emergiu como um dos grandes devedores do Novo Banco.

A "private equity" Oxy Capital comprou a Aleluia em 2016, avançando para um processo especial de revitalização (PER) no mesmo ano. A gestora de fundos, que controla empresas como a fabricante de cabos elétricos e de telecomunicações Cabelte, o Casino de Tróia e o Hotel Quinta das Lágrimas, chegou agora a acordo com o Fundo Arrow Global ACO II, da britânica Arrow, para a venda da empresa de cerâmicas. A operação foi notificada ao regulador a 1 de agosto. 

Em finais do ano passado, a Arrow comprou o Palmares Ocean Living & Golf à King Street Capital Management e à Kronos Homes por um valor em torno dos 400 milhões de euros.