Notícia
Moody's baixa perspetiva do mercado imobiliário chinês para negativa
A agência estima que o impacto das medidas de apoio promovidas pelo Governo chinês vai ser de "curta duração" e terá efeitos "desiguais" entre cidades de diferentes dimensões.
14 de Setembro de 2023 às 12:37
A agência de notação financeira Moody's baixou esta quinta-feira a perspetiva para o setor imobiliário chinês de "estável" para "negativa", prevendo que as vendas vão continuar a ser afetadas pelo abrandamento económico e incerteza quanto à estabilidade dos construtores.
"Esperamos que as vendas caiam cerca de 5% a nível nacional, entre os próximos seis e 12 meses", apontou a Moody's, num relatório.
A agência estima que o impacto das medidas de apoio promovidas pelo Governo chinês vai ser de "curta duração" e terá efeitos "desiguais" entre cidades de diferentes dimensões.
A Moody's prevê a quebra nas vendas com base numa "diminuição do volume, à medida que as preocupações dos compradores se mantêm", face aos recentes problemas financeiros da maior construtora do país, a Country Garden.
Entre junho e julho, as vendas de imóveis caíram 20%, em termos homólogos, invertendo a subida de 11,9% registada nos primeiros cinco meses do ano, notou a agência.
A Moody's prevê ainda que, ao longo do próximo ano, as notações de crédito entre os construtores públicos e privados se vão dissociar ainda mais, uma vez que tanto os compradores como os investidores procuram evitar os segundos "porque é pouco provável que os seus problemas estejam totalmente resolvidos".
A falta de confiança do mercado significará também que as construtoras privadas vão continuar a ter problemas de acesso ao financiamento, referiu o relatório.
Um dos principais fatores do abrandamento da economia chinesa é a crise no setor imobiliário, que representa cerca de 30% do PIB (produto interno bruto), segundo diferentes analistas.
Muitas empresas do setor começaram a ter problemas de liquidez em 2021, na sequência das limitações impostas por Pequim à sua capacidade de se financiarem através de alavancagem. A consequente desconfiança entre potenciais compradores levou a um abrandamento preocupante do mercado, dado que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.
"Esperamos que as vendas caiam cerca de 5% a nível nacional, entre os próximos seis e 12 meses", apontou a Moody's, num relatório.
A Moody's prevê a quebra nas vendas com base numa "diminuição do volume, à medida que as preocupações dos compradores se mantêm", face aos recentes problemas financeiros da maior construtora do país, a Country Garden.
Entre junho e julho, as vendas de imóveis caíram 20%, em termos homólogos, invertendo a subida de 11,9% registada nos primeiros cinco meses do ano, notou a agência.
A Moody's prevê ainda que, ao longo do próximo ano, as notações de crédito entre os construtores públicos e privados se vão dissociar ainda mais, uma vez que tanto os compradores como os investidores procuram evitar os segundos "porque é pouco provável que os seus problemas estejam totalmente resolvidos".
A falta de confiança do mercado significará também que as construtoras privadas vão continuar a ter problemas de acesso ao financiamento, referiu o relatório.
Um dos principais fatores do abrandamento da economia chinesa é a crise no setor imobiliário, que representa cerca de 30% do PIB (produto interno bruto), segundo diferentes analistas.
Muitas empresas do setor começaram a ter problemas de liquidez em 2021, na sequência das limitações impostas por Pequim à sua capacidade de se financiarem através de alavancagem. A consequente desconfiança entre potenciais compradores levou a um abrandamento preocupante do mercado, dado que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.