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Merlin Properties regista lucro operacional de 74,7 milhões no primeiro trimestre
A Socimi espanhola que também está cotada na Euronext Lisboa faturou 131,8 milhões de euros no primeiro trimestre e diz que o impacto da pandemia até março foi "limitado".
A Merlin Properties encerrou o primeiro trimestre com 74,7 milhões de euros de lucro operacional, o que corresponde a 16 cêntimos por ação, tendo as receitas atingido 131,8 milhões de euros, informou esta quarta-feira a sociedade de investimento e gestão imobiliária (SIGI) espanhola.
Em comunicado, a empresa liderada por Ismael Clemente (na foto) assinala que o lucro contabilístico de 38,6 milhões de euros "não é comparável com o exercício anterior devido aos ativos vendidos", acrescentando que "excluindoi extraordinários, o lucro líquido ordinário ascende a 62,3 milhões de euros".
No segmento de escritórios, a Merlin classifica o desempenho de "extraordinário", tendo as rendas (locações) comparáveis (like-for-like) aumentado 4,5%, "refletindo o aumento da ocupação e os aumentos consistentes nas rendas resultantes das renovações dos últimos doze meses. O release spread foi de 8,2% em Madrid, 19,8% em Barcelona e 7,5% em Lisboa. A ocupação encontra-se em 91,4%".
A empresa reconhece "ligeiros atrasos" devido à covid-19 nos planos de reabilitação de edifícios em Madrid, Barcelona e no Monumental, em Lisboa.
Ainda sobre a pandemia, a Merlin decidiu "continuar os projetos com altos níveis de rendas já contratados e parar de momento os que cuja execução se pode adiar. O conjunto de ações em execução e a geração de receita a curto prazo contempla um investimento remanescente agregado de 247,7 milhões de euros nos próximos quatro anos, dos quais 167,4 milhões de euros deverão ser desembolsados em 2020. As receitas futuras estimadas atribuíveis a esses projetos (com um nível de pré-aluguer de 65%) ascendem a 37,3 milhões de euros".
Dividendo complementar de 32 cêntimos
A Merlin Properties refere ainda que irá propor em Assembleia Geral, agendada para 17 de junho, a aprovação de "um dividendo complementar correspondente a 2019 de 32 cêntimos por ação, dos quais 15 cêntimos serão pagos em julho e 17 cêntimos serão distribuídos por decisão do Conselho de acordo com a evolução da crise".
"Finalmente, a equipa de gestão renunciou completamente à sua remuneração variável em numerário e em ações correspondente a 2020 e o Conselho cortou a sua remuneração em 25%", conclui o documento.