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Madonna aquece mercado imobiliário em Portugal

A vinda de personalidades estrangeiras para Portugal, como é o caso da cantora Madonna, serviu de pretexto para a Bloomberg escrever um artigo sobre o mercado imobiliário em território nacional. Há quem aplauda e quem não goste.

12 – Madonna – 76,5 milhões de dólares
reuters
Negócios 14 de Junho de 2017 às 13:19
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"A estrela de rock Madonna está à procura de casa em Lisboa e isso faz com que haja algumas pessoas entusiasmadas em Portugal. Para outros, o encanto da cidade significa que os preços das propriedades são incomportáveis". É assim que começa um artigo da Bloomberg sobre o mercado imobiliário em Portugal e o interesse de cada vez mais personalidades internacionais em Portugal.

A agência de informação falou com Gustavo Soares, o líder da Sotheby’s em Portugal, que confirmou que a cantora norte-americana visitou um palácio que pertenceu a Antonio Champalimaud e algumas propriedades em Sintra. "Ter a Madonna à procura de propriedades em Lisboa não é apenas uma coisa boa para o mercado; é algo que faz manchetes e vai continuar a impulsionar as vendas [na área do] imobiliário em Lisboa e em outros locais em Portugal", disse.

O que parece certo é que os preços das casas têm vindo a subir – atingiram os 2.318 euros por metro quadrado no final do ano passado, o que representa uma subida de 35% desde 2012, época em que Portugal estava sob resgate financeiro, indicam os números do Confidencial Imobiliário, citados no artigo. O que pode dificultar o acesso da população local a residências na cidade.


Além de Madonna, outras personalidades internacionais têm também casa em Portugal. Mónica Bellucci, Christian Louboutin e Eric Cantona são alguns dos nomes citados, como proprietários de habitação em Portugal.

Um dos motivos que pode estar a atrair estrangeiros endinheirados para território nacional (além de Lisboa ser frequentemente comparada com São Francisco) são os incentivos fiscais estrangeiros. Algo que contrasta com a ausência deste tratamento diferenciado dado à população local, refere o artigo.

Em 2012, alguns meses depois de Portugal ter pedido ajuda financeira aos parceiros internacionais (Portugal foi resgatado no primeiro semestre de 2011), as autoridades nacionais lançaram a Autorização de Residência para Actividade de Investimento (ARI), os vulgarmente conhecidos "visto gold". No início deste ano, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) revelou que, desde que esta autorização foi lançada, foram atribuídos 4.202 vistos "gold". Só em todo o ano passado foram despachados favoravelmente 1.414 processos, um terço do total. O SEF indicava na altura que as principais nacionalidades com este tipo de Autorização de Residência para Actividade de Investimento, são a chinesa (3.050), brasileira (247), seguido dos cidadãos da Rússia (148), África do Sul (137) e Líbano (72). 


A Bloomberg adianta, neste artigo publicado nas últimas horas, que há também um regime para residentes não habituais, que permite a estas pessoas pagar 20% de imposto sobre os rendimentos durante uma década e dá isenções a alguns reformados. Este programa ajudou a que, no ano passado, os franceses tenham sido os que mais propriedades compraram casa em Portugal, acrescenta.

Em Outubro do ano passado, o Negócios falou com alguns franceses que estão na região de Setúbal. Anteriormente, os franceses que vinham para Portugal ficavam em Lisboa, Porto e Algarve. Os motivos, expressos nesta reportagem, para a vinda destes cidadãos para Portugal tem pontos em comum: querem sol, qualidade de vida e, sobretudo, tranquilidade.

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