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Lisboa tem mais imóveis camarários à venda por 21 milhões de euros

Entre os activos, contam-se nove fracções de estacionamento recebidas como contrapartida do licenciamento da construção a um fundo imobiliário do universo Espírito Santo.

Miguel Baltazar
09 de Dezembro de 2014 às 13:06
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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) prevê arrecadar cerca de 21 milhões de euros com a alienação de mais 12 imóveis camarários. A hasta pública está marcada para 22 de Janeiro de 2015.

 

Em causa estão nove fracções de estacionamento no Largo da Boa Hora/Rua Ivens, exigidos pela autarquia como contrapartida do loteamento do imóvel.

 

"O município não adquiriu as fracções em causa. Foram-lhe transmitidas pelos particulares promotores da construção, a título de compensação urbanística, nos termos dos regulamentos em vigor", explicou ao Negócios fonte oficial da CML.

 

O promotor da construção era precisamente o fundo de investimento Imoivens, gerido pela Gesfimo – Espírito Santo Irmãos, empresa do universo Espírito Santo que se encontra em processo de processo especial de revitalização (PERE).

 

De acordo com o relatório de gestão de 2013 da Imoivens, disponível no "site" da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram adquiridos em 2006 dois prédios no Chiado com vista à construção de um imóvel destinado à habitação e estacionamento público.

 

A 8 de Outubro de 2013, e de acordo com o mesmo relatório, "foi comunicada a liquidação e extinção antecipada do fundo, processo a decorrer no prazo de um ano a contar dessa data".

 

A CML quer agora encaixar 207 mil euros com as nove fracções em causa. Cada uma delas, com uma área média de 12 metros quadrados, está avaliada em 23 mil euros.

 

Os restantes lugares deste parque de estacionamento são geridos pela empresa Empark, que investiu três milhões de euros no projecto em Julho de 2013, então promovido pela Espart.

 

Contudo, a maior fatia desta hasta pública vem da alienação de um edifício devoluto de 35 mil metros quadrados na Avenida 24 de Julho. O imóvel tem um valor de licitação fixado nos 20,4 milhões de euros.

 

O portefólio termina com outros dois imóveis devolutos. Um no Largo Rodrigues de Freitas, com um preço de 145 mil euros por 185 metros quadrados. O último situa-se na Rua de São Miguel, com um preço de 286,5 mil euros por 148 metros quadros.

 

A hasta pública insere-se no âmbito de uma política camarária de alienação de activos imóveis considerados não estratégicos. Até ao momento, a autarquia já conseguiu arrecadar cerca de 65 milhões de euros através das várias operações que levou a cabo.

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