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Israelita investe 250 milhões em Portugal mas alerta para o “danoso” fim dos vistos “gold”
“Vivemos um dos momentos mais conturbados da História e esta medida será danosa para o mercado imobiliário e para a atração de investimento estrangeiro para Portugal”, considera Elad Dror, CEO do grupo Fortera.
O grupo Fortera, juntamente com os também israelitas Issta Lines e Fattal, investiu já, nos últimos quatro anos, cerca de 66 milhões de euros em imobiliário de luxo no Grande Porto, onde está agora a desenvolver uma série de projetos, avaliados em aproximadamente 200 milhões de euros, dos quais se destaca o Skyline, um empreendimento que inclui um hotel, um centro de congressos e apartamentos, a construir nas traseiras da Câmara de Gaia.
Apesar de se apresentar como "um dos grupos imobiliários que mais investimento estrangeiro captou em Portugal para o setor", nos últimos anos, garante que nunca beneficiou do programa de vistos "gold", mas está frontalmente contra o fim desta medida, que foi defendido pelo Parlamento Europeu alegando ser esta uma "entrada rápida para criminosos".
"Vivemos um dos momentos mais conturbados da História e esta medida será danosa para o mercado imobiliário e para a atração de investimento estrangeiro para Portugal", considera Elad Dror, CEO do grupo Fortera, em comunicado.
"Havia propriedades completamente abandonadas, devolutas, e este investimento ajudou muito para a reabilitação e florescimento do setor, gerando rendas e novos negócios que, por si só, criaram muitos postos de trabalho e prosperidade", afirma Dror, de 40 anos, que vive em Portugal há 10 anos, é pai de cinco filhos e mora em Matosinhos.
Caso a proposta do Parlamento Europeu avance, Elad Dror prevê um cenário de incerteza para Portugal, e afirma que precisam ser repensadas novas alternativas.
"Na minha opinião, algo terá de ser feito, como o direcionar do investimento para novas localidades no país, fora das grandes cidades, mas o cancelamento do programa será um grande erro", conclui.