"Superou imenso as nossas expectativas. Ainda não temos o fecho, mas, comparativamente à edição anterior, os números diários estão com crescimentos enormes, na escala dos 100/150% a nível de visitantes, pelo que vamos ultrapassar em larga escala as 45 a 50 mil pessoas inicialmente esperadas", disse à agência Lusa a gestora de eventos da FIL Dália Palma.

Por outro lado, destacou, "é também muito elevado o grau de satisfação dos expositores", porque as visitas têm resultado "em negócio". "É um sinal da recuperação da economia e do consumo. A satisfação dos expositores e os muitos clientes sentados nas mesas, a preencher notas de encomenda, são demonstrativos do negócio que estão a realizar nestes eventos", afirmou a responsável.

Para a organização, estes dados comprovam que a decisão de promover as quatro feiras em simultâneo foi uma aposta adequada, até porque "os públicos dos vários eventos são transversais".

"Quem compra casa no SIL [Salão Imobiliário de Portugal] precisa de a mobilar e passa na Intercasa [Feira Internacional de Decoração de Interiores e Exteriores]. Depois o LXD é o evento da inovação, criatividade e 'lifestyle' e o Festival Vintage é área da moda e cultura", disse Dália Palma.

Salientando que "são quatro grandes eventos muito direccionados para as famílias e para o grande público", a responsável assegurou que "o resultado final mostra que é por aqui o caminho, porque os eventos se complementam", pelo que continuarão a decorrer em simultâneo em próximas edições.

Relativamente à decisão de, logo na quarta-feira, promover um "open day" em que, "para abrir o apetite", a entrada era gratuita, a organização diz ter sido também uma aposta ganha, como prova o facto de, só nesse dia, terem visitado as feiras mais pessoas do que as que, no ano passado, passaram durante quatro dias pela Intercasa.

As 800 empresas que, de quarta-feira até hoje, estiveram na FIL, propunham-se mostrar "o que de melhor se faz em Portugal" nas áreas do imobiliário, decoração e 'design'.

Dirigido ao público e a profissionais, o SIL contou com 250 expositores e apresentou "mais de 200 mil imóveis e grandes oportunidades de negócio", disponibilizando uma oferta desde o imobiliário de turismo e lazer aos mediadores imobiliários, promotores imobiliários e urbanizadores, banca, seguros e fundos imobiliários, cidades, municípios e agências promotoras regionais, empresas de construção e obras públicas, reabilitação urbana e construção sustentável, serviços, gabinetes de arquitectura, estudos e projectos, gestão e administração de condomínios e outros operadores do sector imobiliário.

O salão apresentou ainda uma bolsa de arrendamento, com uma oferta concentrada de imóveis desde T0 a T8 até apartamentos e vivendas, escritórios, lojas e armazéns em todo o país.

Além do SIL, esteve até hoje patente na FIL mais uma edição da Intercasa, que em mais de 10 mil metros quadrados de área de exposição reuniu "as mais recentes tendências" de decoração para interiores e exteriores e promoções e descontos até 50% entre as marcas e empresas presentes.

Integrado na Intercasa decorreu ainda o LXD - Lisboa Design Show, um espaço dedicado ao 'design', no qual estiveram representados mais de 400 'designers' e marcas nacionais e internacionais e no âmbito do qual decorreram conferências com oradores internacionais e desfiles de moda, este ano sob o mote 'Create Local Think Global'.

Também de quarta-feira até hoje, a FIL acolheu a terceira edição do Festival Vintage, no qual marcaram presença cerca de uma centena de expositores, desde a música à moda, gastronomia, automóveis e motas, rentabilizando o cada vez mais "na moda" segmento 'vintage'.

Aproveitando a realização das quatro feiras, a FIL promoveu em paralelo a designada Festa da Família, um "espaço lúdico e de animação totalmente dedicado às famílias" com a participação de especialistas e figuras públicas numa abordagem de temas ligados à vida das famílias.