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Estado encaixa 60 milhões com projecto da SIL em Alcântara

O Grupo SIL garante que o Estado vai encaixar 60 milhões de euros em receitas de impostos autárquicos e da Administração Central, provenientes do projecto proposto pelo grupo imobiliário para Alcântara, em Lisboa.

04 de Dezembro de 2003 às 08:40
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O Grupo SIL garante que o Estado vai encaixar 60 milhões de euros em receitas de impostos autárquicos e da Administração Central, provenientes do projecto proposto pelo grupo imobiliário para Alcântara, em Lisboa.

Pedro Silveira, administrador executivo do Grupo SIL, responsável pelo projecto urbanístico encomendado a Siza Vieira e designado como "Nova Alcântara" sublinhou ao Jornal de Negócios que esta estimativa é mais um argumento favorável ao arranque deste projecto, cujo investimento está avaliado em 180 milhões de euros.

Pedro Silveira adianta que as obras já começaram com os trabalhos de demolição no terreno de cerca de 5,5 hectares e está confiante em começar as obras já em 2004.

"Comprámos o primeiro terreno para este projecto em 1991, em hasta pública muito concorrida, a convite do Ministério das Finanças. Temos uma declaração da Câmara de Lisboa, na vereação do então presidente autárquico Jorge Sampaio a permitir-nos construir acima do solo numa área que equivale ao dobro da do terreno, ou seja 11.200 metros quadrados (índice 2.0 de construção). Pediram-nos para adiar o arranque do projecto por causa da aprovação do Plano Director Municipal, que só foi aprovado em 1994. Insistimos depois nesta questão e pediram-nos novamente para esperar pela aprovação do plano de pormenor por causa da alteração do nó de Alcântara, que seria aprovado em 1996. Chegámos a 1996, 1997, 1998, 2000, 2001, 2002 e estamos a chegar ao final de 2003 e ainda não há plano de pormenor para aquela área", desabafa Pedro Silveira.

Desde que foi apresentado em público, a 30 de Outubro passado, o projecto das "torres de Alcântara" como passou a ser conhecido, tem despoletado fortes críticas, destacando-se as opiniões contrárias do comentador Miguel Sousa Tavares e de Helena Roseta, bastonária da Ordem dos Arquitectos.

Os adversários do projecto argumentam que é excessiva volumetria, que vai gerar um grande afluxo de pessoas na área, que tira a vista daquela parte da cidade para o rio e corta a luz natural naquele espaço da cidade. Pedro Silveira rejeita estas acusações, dizendo que as torres se situam 250 a 300 metros nas costas de quem quer gozar o rio e que a volumetria está aprovada e, portanto, será sempre a mesma, independentemente do conceito arquitectónico que para ali for escolhido.

"Senão querem as três torres, que acho ser o projecto mais bonito e que colocaria Lisboa no roteiro arquitectónico internacional, construímos mais edifícios de oito pisos e aí, sim, perde-se a vista para o rio e a luz". O responsável do Grupo SIL acrescenta que a actual proposta pretende disponibilizar para o público 3,3 hectares de jardins e uma ponte pedonal para ligar aquela parte de Alcântara ao rio, e assegura que a aglomeração de pessoas prevista será de 4.350, sejam torres ou edifícios mais baixos.

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