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CBRE: Portugal vai captar mais de três mil milhões de investimento no imobiliário

Consultora CBRE diz que com as operações em curso e com as previstas, em 2022 o valor de investimento em imobiliário pode mesmo ficar perto do recorde de 2019, quando se atingiu os 3.750 milhões de euros. Segmento dos escritórios é o que deverá captar mais investimento, estando prevista uma subida de 30% este ano

São comuns os casos de divórcio em que um dos cônjuges fica a viver na habitação da família.
iStockphoto
27 de Janeiro de 2022 às 17:18
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O mercado imobiliário em Portugal vai continuar a captar um investimento global acima dos três mil milhões de euros em 2022. A previsão é da consultora CBRE que diz que com as operações em curso e com as previstas, o valor de investimento pode mesmo ficar perto do recorde de 2019, quando se atingiu os 3.750 milhões de euros. 

As projeções da CBRE, 2022 Portugal Market Outlook,apresentadas esta quinta-feira dizem ainda que não é expectável que a inflação provoque um recuo significativo no mercado dada a elevada liquidez já levantada pelos fundos para investir em imobiliário.

Além disso, a CBRE adianta que entre as várias áreas do imobiliário, tal como em 2021, é o segmento dos escritórios que deverá captar mais investimento, estando previsto uma subida de 30% durante 2022.

Segundo a consultora, o arrendamento de escritórios "está numa trajetória de recuperação" e prevê que em 2022, Lisboa poderá atingir níveis pré-pandemia, na ordem dos 200 mil m2. Já em 2021, os dados apontavam para uma tendência de crescimento deste segmento, mas perante a realidade do teletrabalho é "expectável que as empresas procurem explorar abordagens diferentes para se conseguirem adaptar às novas formas de trabalhar".

Também os hotéis vão conseguir "um elevado investimento alavancado pela transação do portefólio da ECS, atualmente em negociação, e pela confiança na recuperação do turismo". Francisco Horta e Costa, diretor-geral da CBRE Portugal, diz ainda que "ao contrário do que se previa no início da pandemia, as vendas forçadas de hotéis deverão ser pontuais".

No retalho, este ano deverá ser registado um aumento nas vendas de comércio a retalho, ligeiramente acima do registado em 2021.

Com a pademia, desde 2020 que o comércio online tem vindo a ganhar espaço e este ano a tendência deverá continuar a crescer com um crescimento previsto na ordem dos 15% para uma taxa de penetração de 8%, face aos 4,5% verificados em 2019. Nesta área, a CBRE prevê que, num futuro próximo, o negócio do retalho vá convergir num único conceito conhecido como ‘Phygital’, ou seja, a fusão entre as lojas online e as lojas físicas tradicionais.

Também o setor logístico deverá continuar com uma "dinâmica elevada" sendo previsível que possa exceder os 300 mil metros quadrados em termos de ocupação, muito acima da média anual de 2016-2020, que totalizou 220 mil metros quadrados. Mas o maior aumento neste segmento está previsto para 2023 ou 2024. Isto porque existem mais de dez projetos em licenciamento, totalizando uma área superior a 380 mil metros quadrados e a sua construção só deverá ficar concluída no próximo ano ou em 2024.

Por fim, o mercado da habitação "vai continuar a aumentar" em 2022, com a previsão de um aumento de 10% nas vendas que resulta do aumento nos licenciamentos em 2021. A trajetória de subida no mercado da habitação já vem de 2021, quando o número de vendas atingiu um recorde, estimando-se que tenham sido vendidas cerca de 200 mil casas. Mais 16% que em 2020 e 10% acima de 2019.

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