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Antigo edifício do DN terá 34 apartamentos num investimento de 45 milhões  

As tipologias das habitações vão variar entre os estúdios de 45 m2 e um T5 de 410 m2 e 400 m2 de espaço exterior. Os preços das casas mais pequenas serão a partir dos 430 mil euros.

25 de Julho de 2018 às 12:42
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As obras de construção de 34 apartamentos no edifício que albergou o jornal Diário de Notícias, em Lisboa, devem começar em "Agosto ou Setembro" e durar 20 meses, num investimento global de 45 milhões de euros, segundo o promotor.

 

Numa apresentação aos jornalistas, o director geral da empresa AVENUE, Aniceto Viegas, informou que o licenciamento foi aprovado em Junho, cerca de ano e meio depois da aquisição do histórico edifício da Avenida da Liberdade, por quase 20 milhões de euros.

 

"Não foi um processo [de licenciamento] difícil, foi moroso e muito rigoroso", descreveu o responsável, recordando tratar-se de um edifício dos anos 40 do século XX, com a assinatura do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, distinguido com prémio Valmor, e que inclui painéis do artista Almada Negreiros.

 

Ainda sem contrato fechado com a empresa que realizará a empreitada, Aniceto Viegas sublinhou que a "filosofia" seguida foi a da "preservação" nas obras que vão dividir os cinco andares em 34 apartamentos e um espaço comercial de 1.300 metros quadrados (m2) de Área Bruta Locável (ABL). Haverá ainda 47 lugares de estacionamento.

 

As tipologias das habitações vão variar entre os estúdios de 45 m2 e um T5 de 410 m2 e 400 m2 de espaço exterior. Os preços das casas mais pequenas serão a partir dos 430 mil euros, enquanto os T1 terão valores desde os 560 mil, os T2 desde 1,1 milhões e os T3 terão valores a partir dos 1,720 milhões de euros.

 

O último andar ainda não tem preço definido, segundo o director-geral, que notou a necessidade de definir o valor certo que inclui o "racional económico e a característica emocional".

 

Por se tratar de um edifício "marcante e icónico", Aniceto Viegas avançou o "'feeling'" de os compradores das habitações poderem ser sobretudo portugueses, afirmando, porém, que a tendência de 40% de compradores nacionais e outros tantos de nacionalidade brasileira nos projectos da AVENUE.

 

Presente no país desde Janeiro de 2015, a empresa tem actualmente oito projectos em Lisboa e no Porto, e continua à "procura de novas oportunidades", estando actualmente em negociações para dois projectos residenciais, um em cada cidade.

 

Com produtos vocacionados para segmentos mais altos, o responsável comentou que enquanto o Porto "mantém alguma margem de progressão" em termos de preços, Lisboa deverá ter uma "progressão residual".

 

"Este é um mercado novo. Portugal não tinha esta clientela, nem este produto, porque não havia prédios renovados no centro. As cidades apareceram no mapa dos compradores internacionais", comentou o director-geral, justificando o interesse com um "discurso comum" de promoção do país.

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