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União Europeia está a importar menos energia por causa da Rússia
Compras da UE ao exterior continuam a cair. Peso das importações de produtos petrolíferos da Rússia passou de 22% para 4% no espaço de um ano, segundo dados oficiais do gabinete de estatísticas da União Europeia.
As importações de energia na União Europeia continuaram a cair pelo segundo trimestre consecutivo. A redução das importações de petróleo da Rússia não estão a ser compensadas pela compra a outros parceiros.
A informação foi esta segunda-feira divulgada pelo Eurostat, que explica que no segundo trimestre deste ano as importações feitas pela União Europeia caíram 39,4% em valor e 11,3% em toneladas, em termos homólogos.
Já no primeiro trimestre tinham recuado 26,5% e 6,1%, respetivamente.
O gabinete estatístico da União Europeia explica que estes resultados contrariam o que aconteceu ao longo de 2022 e 2023, altura em que as importações de energia aumentaram de forma expressiva.
Em termos de volume, a importação de produtos petrolíferos e gás natural da Rússia está a cair desde o segundo trimestre de 2022.
"A importação de produtos petrolíferos da Rússia caiu de uma média mensal de 8,7 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2022 para 1,6 milhões de toneladas no segundo trimestre deste ano (-82%) mas, em contraste, as importações de outros parceiros extra-UE, exceto a Rússia, aumentaram 5,8 milhões de toneladas", explica o Eurostat.
Desta forma, o peso das importações da Rússia passou de 21,6% no segundo trimestre de 2022 para 4% no segundo trimestre deste ano.
As importações de gás natural também estão a recuar 17% em termos de volume, uma quebra que o Eurostat refere que será explicada pelo compromisso europeu de reduzir o consumo.