Notícia
Temperaturas extremas ditam mais gastos de energia e mais emissões
A procura mundial de energia subiu 2,9% em 2018, o ritmo mais elevado desde 2010. As emissões de gases com efeito estufa também mostraram o maior aumento em quase uma década, neste caso, desde 2011.
As temperaturas extremas que se fizeram sentir em torno do globo no ano passado levaram a uma aceleração expressiva da procura de energia, diz a petrolífera BP, num relatório apresentado esta terça-feira, 11 de junho, e citado pela CNBC.
O ano de 2018 viu aumentos em todas as frentes. Embora as energias renováveis, como a solar e a eólica, tenham servido mais consumidores, também energias fósseis como o petróleo, gás e carvão viram o consumo aumentar, pelo que o "mix energético" a nível global manteve-se estável, segundo os dados avançados pela BP no mais recente "Statistical Review of World Energy".
A procura mundial de energia subiu 2,9% em 2018, o ritmo mais elevado desde 2010. China, Índia e Estados Unidos lideraram o aumento da procura. A maior economia do mundo registou um crescimento nesta rubrica de 3,5%, a taxa mais alta dos últimos 30 anos e que se destaca após uma década de reduções no consumo.
Em consequência das crescentes necessidades energéticas as emissões que causam efeito estufa subiram também 2% - a taxa mais elevada desde 2011. "Há um crescente aumento da discrepância entre as exigências deixadas pela sociedade em relação à ação anti-aquecimento global e o ritmo efetivo de progresso", comentou Spencer Dale, economista chefe da BP, na apresentação do relatório.
O hemisfério norte do globo terrestre enfrentou tanto frentes extremamente frias no último inverno como temperaturas recorde no verão, que resultaram em períodos de seca e fogos, relembra a BP.