Notícia
Stilwell confirma ambições da EDP na Alemanha. Quer ter 500 MW de solar até 2026
Pedro Vinagre, diretor executivo da EDPR para Europa Central e do Norte, tinha já avançado ao Negócios que a estratégia da elétrica para a Alemanha passa por ter no país, já em 2024, "à volta de 150 MW divididos por vários projetos", sendo que, "no curto prazo, serão apenas fotovoltaicos".
O CEO da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, confirmou esta terça-feira que a elétrica portuguesa quer construir uma capacidade instalada de energia solar fotovoltaica de 500 MW na Alemanha até 2026. Tal como o Negócios já tinha avançado, a EDP entrou no mercado alemão em 2022, com a compra da Kronos Solar, e este ano ambiciona já inaugurar as suas primeiras centrais solares (150 MW) na maior economia da União Europeia.
"A Alemanha é um mercado grande e tem muito potencial de crescimento", disse Miguel Stilwell d'Andrade à Reuters à margem de uma cimeira dedicada à energia em Berlim. De acordo com o CEO, a dinâmica pró-renováveis na Alemanha é "forte" e acompanhada por um "claro compromisso ambiental, redução dos custos das tecnologias renováveis e um foco na energia como questão de segurança nacional após a guerra na Ucrânia".
"Por estas três razões, pensamos que a Europa terá esta enorme quantidade de investimento ao longo de muitos anos, e a Alemanha para nós é um mercado chave", sublinhou Stilwell d’Andrade. Em 2022 a EDP comprou 70% da alemã Kronos Solar Projects com o objetivo de entrar na Alemanha e noutros países vizinhos europeus. Segundo o responsável, a EDP ficou interessada na compra desta empresa porque as "atividades da Kronos Solar estavam a criar oportunidades de expansão em energia eólica, hidrogénio e armazenamento de energia", sendo esta última tecnologia "uma das peças que faltam no puzzle da transição energética".
Em setembro do ano passado, Pedro Vinagre, diretor executivo da EDPR para Europa Central e do Norte, tinha já avançado ao Negócios que a estratégia da elétrica para a Alemanha passa por ter, já em 2024, "à volta de 150 MW divididos por vários projetos", sendo que, "no curto prazo, serão apenas fotovoltaicos".
"O que não quer dizer que não estejamos à procura de outras tecnologias", disse. Na visão deste responsável, que tem a seu cargo mercados que vão desde o Reino Unido aos Países Baixos, passando por França e Polónia, entre outros, um dos países que tem maior potencial e que mais vai crescer do ponto de vista das renováveis na Europa é a Alemanha.
"Temos lá uma presença mais recente e a nossa capacidade de gerar novos projetos vai depender ainda de algum tempo e do estabelecimento no país", disse Pedro Vinagre, sublinhando que para a EDPR "a Polónia vai ter sempre um lugar de destaque", mas seguida de perto pela Alemanha que também "vai começar a destacar-se".
Quanto aos restantes países, o responsável para a Europa central e do norte garante que na Polónia, Reino Unido, França e Países Baixos a EDP Renováveis "tem um pipeline interessante de projetos solares", com uma dimensão média entre os 40 e 50 MW, sendo que em alguns países, como a Alemanha e Polónia, há projetos de dimensão superior na calha. Já em França e nos Países Baixos as centrais solares são tendencialmente de menor escala, explica.
Na Polónia, onde a EDPR está há 15 anos e compete com outros "players" de peso pelo enorme potencial de instalar nova capacidade renovável no país, "já construímos mais de 1 GW entre vento e solar. Fora da Península Ibérica, é um dos países onde a EDP tem um portefólio maior de projetos", sublinha Pedro Vinagre. E isso deve-se a uma "combinação de fatores" que vão desde a grande dimensão do país à ainda significativa (70%) dependência do carvão, passando por bons recursos eólicos e também solares.
De acordo com o plano estratégico da EDP até 2026, a empresa quer investir 25 mil milhões de euros em redes e renováveis, dos quais 40% virão para a Europa, outros 40% para a América do Norte, 15% para a América Latina e 5% para a Ásia. Na Europa, a empresa tem uma capacidade instalada de cerca de 5,5 GW em projetos eólicos e solares.
"A Alemanha é um mercado grande e tem muito potencial de crescimento", disse Miguel Stilwell d'Andrade à Reuters à margem de uma cimeira dedicada à energia em Berlim. De acordo com o CEO, a dinâmica pró-renováveis na Alemanha é "forte" e acompanhada por um "claro compromisso ambiental, redução dos custos das tecnologias renováveis e um foco na energia como questão de segurança nacional após a guerra na Ucrânia".
Em setembro do ano passado, Pedro Vinagre, diretor executivo da EDPR para Europa Central e do Norte, tinha já avançado ao Negócios que a estratégia da elétrica para a Alemanha passa por ter, já em 2024, "à volta de 150 MW divididos por vários projetos", sendo que, "no curto prazo, serão apenas fotovoltaicos".
"O que não quer dizer que não estejamos à procura de outras tecnologias", disse. Na visão deste responsável, que tem a seu cargo mercados que vão desde o Reino Unido aos Países Baixos, passando por França e Polónia, entre outros, um dos países que tem maior potencial e que mais vai crescer do ponto de vista das renováveis na Europa é a Alemanha.
"Temos lá uma presença mais recente e a nossa capacidade de gerar novos projetos vai depender ainda de algum tempo e do estabelecimento no país", disse Pedro Vinagre, sublinhando que para a EDPR "a Polónia vai ter sempre um lugar de destaque", mas seguida de perto pela Alemanha que também "vai começar a destacar-se".
Quanto aos restantes países, o responsável para a Europa central e do norte garante que na Polónia, Reino Unido, França e Países Baixos a EDP Renováveis "tem um pipeline interessante de projetos solares", com uma dimensão média entre os 40 e 50 MW, sendo que em alguns países, como a Alemanha e Polónia, há projetos de dimensão superior na calha. Já em França e nos Países Baixos as centrais solares são tendencialmente de menor escala, explica.
Na Polónia, onde a EDPR está há 15 anos e compete com outros "players" de peso pelo enorme potencial de instalar nova capacidade renovável no país, "já construímos mais de 1 GW entre vento e solar. Fora da Península Ibérica, é um dos países onde a EDP tem um portefólio maior de projetos", sublinha Pedro Vinagre. E isso deve-se a uma "combinação de fatores" que vão desde a grande dimensão do país à ainda significativa (70%) dependência do carvão, passando por bons recursos eólicos e também solares.
De acordo com o plano estratégico da EDP até 2026, a empresa quer investir 25 mil milhões de euros em redes e renováveis, dos quais 40% virão para a Europa, outros 40% para a América do Norte, 15% para a América Latina e 5% para a Ásia. Na Europa, a empresa tem uma capacidade instalada de cerca de 5,5 GW em projetos eólicos e solares.