A Standard & Poor’s melhorou a perspectiva para a classificação de risco da dívida da REN – Redes Energéticas Nacionais. Contudo, qualquer subida de "rating" será sempre limitada, dado que está associada à notação da República Portuguesa.

"A perspectiva positiva reflecte a nossa expectativa de que, tendo o regulador da energia ERSE aprovado a tarifa para a energia eléctrica, a empresa vai beneficiar da maior visibilidade dos resultados entre 2015 e 2017", comenta o comunicado da agência de notação financeira, num relatório datado de 30 de Janeiro.

Assim, o rating de "BB+" da REN, o nível mais elevado das classificações de crédito com qualidade considerada especulativa, está agora sob a possibilidade de vir a ser elevado. Desde há um ano que a perspectiva era "estável". Agora, já se tem mais certezas sobre os resultados que a empresa, que a partir de Fevereiro passará a ser gerida por Rodrigo Costa, vai conseguir no médio prazo. Daí a indicação para uma eventual subida do "rating".

Conforme explica a nota, a subida nunca poderá ser superior a um nível, dado que a classificação de risco da dívida portuguesa está "inalterada". E a empresa gestora da rede eléctrica, ainda sob comando de Rui Vilar (na foto), tem uma "elevada" exposição ao risco do país.

De qualquer forma, a S&P alerta para o facto de a taxa extraordinária sobre a REN – que ainda não foi paga – vir a "enfraquecer ligeiramente" a capacidade creditícia da companhia face aos níveis de 2013.

As acções da REN terminaram esta sessão de 30 de Janeiro a cair 2,06% para os 2,52 euros.

(Notícia corrigida às 18h07: por lapso, estava indicado Rui Cartaxo quando se deveria ler Rui Vilar)