Notícia
Sonangol pediu empréstimo de 910 milhões em 2015
A petrolífera teve de recorrer a um empréstimo de 1.000 milhões de dólares (910 milhões de euros) junto do britânico Standard Chartered Bank para financiar projectos e despesas operacionais durante o ano de 2015.
26 de Julho de 2016 às 08:48
A informação consta do mais recente Relatório e Contas da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), que até agora não tinha sido divulgado e ao qual a agência Lusa teve acesso esta terça-feira, 26 de Julho.
O empréstimo, que entrou nas contas da Sonangol com o equivalente a 125.783 milhões de kwanzas (à taxa de câmbio da altura), é a 60 meses e foi feito num ano de fortes dificuldades financeiras da petrolífera angolana, decorrentes da quebra para metade nas receitas com a exportação de crude.
Contudo, o próprio documento admite que face à "situação patrimonial e desempenho consolidado do grupo Sonangol", tendo em conta os resultados de 2015, "não foi possível cumprir na íntegra os convénios financeiros exigidos" nos acordos de crédito, como os rácios de endividamento.
"A empresa tem em curso um amplo programa interno de reformas com vista a redução do endividamento, do custeio operacional e otimização das suas operações para mitigar e inverter a situação nos exercícios seguintes", lê-se no documento, sobre as contas de 2015.
A empresária Isabel dos Santos assumiu em junho passado as funções de presidente do conselho de administração da Sonangol, nomeada para o cargo no âmbito do processo de reestruturação da concessionária estatal, sucedendo a Francisco de Lemos José Maria.
Este empréstimo junta-se a outras operações anteriores entre o SCB e a Sonangol - 3,5 mil milhões de dólares em dois empréstimos a 84 meses concedidos em 2014 - e é justificada no documente face à "necessidade de um reforço" para "financiar" os "projetos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais" do grupo estatal do setor petrolífero.
O relatório e contas refere que a dívida líquida da Sonangol ascendia, a 31 de dezembro de 2015, a 1,238 biliões de kwanzas (6,8 mil milhões de euros), valor superior em 357.256 milhões de kwanzas (1,9 mil milhões de euros) em relação ao período homólogo do ano anterior.
A dívida de longo prazo representava 76% do endividamento total da Sonangol no final de 2015.
A petrolífera detida pelo Estado angolano fechou o exercício de 2015 com ativos de 6,346 biliões de kwanzas (34,8 mil milhões de euros) e um capital próprio total de 2,529 biliões de kwanzas (13,9 mil milhões de euros), incluindo 47.168 milhões de kwanzas (259 milhões de euros) de resultados líquidos positivos.
A petrolífera anunciou em fevereiro passado os primeiros indicadores do exercício de 2015, nomeadamente a queda de 34% na receita, face a 2014, registando igualmente uma descida dos lucros na ordem dos 45%, atribuíveis principalmente à queda do preço do petróleo.
De acordo com o relatório e contas agora fechado, o volume de negócios consolidado da Sonangol foi avaliado em 2,349 biliões de kwanzas (12,9 milhões de euros) em 2015, contra os 3,498 biliões de kwanzas (19,2 mil milhões de euros) no ano anterior.
O empréstimo, que entrou nas contas da Sonangol com o equivalente a 125.783 milhões de kwanzas (à taxa de câmbio da altura), é a 60 meses e foi feito num ano de fortes dificuldades financeiras da petrolífera angolana, decorrentes da quebra para metade nas receitas com a exportação de crude.
"A empresa tem em curso um amplo programa interno de reformas com vista a redução do endividamento, do custeio operacional e otimização das suas operações para mitigar e inverter a situação nos exercícios seguintes", lê-se no documento, sobre as contas de 2015.
A empresária Isabel dos Santos assumiu em junho passado as funções de presidente do conselho de administração da Sonangol, nomeada para o cargo no âmbito do processo de reestruturação da concessionária estatal, sucedendo a Francisco de Lemos José Maria.
Este empréstimo junta-se a outras operações anteriores entre o SCB e a Sonangol - 3,5 mil milhões de dólares em dois empréstimos a 84 meses concedidos em 2014 - e é justificada no documente face à "necessidade de um reforço" para "financiar" os "projetos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais" do grupo estatal do setor petrolífero.
O relatório e contas refere que a dívida líquida da Sonangol ascendia, a 31 de dezembro de 2015, a 1,238 biliões de kwanzas (6,8 mil milhões de euros), valor superior em 357.256 milhões de kwanzas (1,9 mil milhões de euros) em relação ao período homólogo do ano anterior.
A dívida de longo prazo representava 76% do endividamento total da Sonangol no final de 2015.
A petrolífera detida pelo Estado angolano fechou o exercício de 2015 com ativos de 6,346 biliões de kwanzas (34,8 mil milhões de euros) e um capital próprio total de 2,529 biliões de kwanzas (13,9 mil milhões de euros), incluindo 47.168 milhões de kwanzas (259 milhões de euros) de resultados líquidos positivos.
A petrolífera anunciou em fevereiro passado os primeiros indicadores do exercício de 2015, nomeadamente a queda de 34% na receita, face a 2014, registando igualmente uma descida dos lucros na ordem dos 45%, atribuíveis principalmente à queda do preço do petróleo.
De acordo com o relatório e contas agora fechado, o volume de negócios consolidado da Sonangol foi avaliado em 2,349 biliões de kwanzas (12,9 milhões de euros) em 2015, contra os 3,498 biliões de kwanzas (19,2 mil milhões de euros) no ano anterior.