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"Tenho 55 anos. Vou fazer o quê?" As feridas por cicatrizar no Pego

Vários antigos trabalhadores da Central do Pego não sabem o que acontecerá a seguir. Outros já arranjaram emprego, mas ainda "não se conseguiram cicatrizar as feridas" do encerramento, reconhece a autarquia de Abrantes.
Vítor Rodrigues Oliveira 23 de Novembro de 2023 às 11:50

"Existem as folhas que vemos, são nossas contemporâneas. Cintilam verde e prata, simulam uma chuva de brilho. Como nós, também estas folhas estão convencidas de que este momento é para sempre. E não se enganam, este momento é para sempre. No entanto, depois deste, virá outro para sempre, e outro, e outro".

 

As palavras de José Luís Peixoto, inscritas na aldeia de Mouriscas, junto à mais antiga oliveira de Portugal, com 3.500 anos, recordam-nos que, ao contrário de "uma árvore de séculos", pouco ou nada percebemos sobre o tempo. Que o diga Rui Alcobio, que, a poucos quilómetros dali, se viu forçado a abandonar a Central do Pego, após três longas décadas de dedicação à empresa: "Nunca pensámos que o encerramento fosse avante", recorda o "pegacho" que vai a caminho dos 56 anos. "Nós e Sines éramos as bases de energia para o país". Só que o carvão acabou mesmo, faz agora dois anos.

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