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Reino Unido com gás de xisto para 47 anos de consumo

O Reino Unido veio afirmar que os campos de gás de xisto no norte de Inglaterra têm o dobro da dimensão que era estimada, oferecendo um grande potencial para o crescimento da economia, compensando o declínio das reservas do Mar do Norte e reduzindo as importações de energia.

27 de Junho de 2013 às 17:53
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Estima-se que os campos de gás xisto no Reino Unido poderão ter cerca de 1.300 biliões de metros cúbicos de gás, o dobro do que indicavam as previsões iniciais, segundo afirmou Danny Alexander, membro do Governo britânico, no Parlamento.

 

Apenas uma parte desse gás será extraído, cerca de 10%, semelhante ao que acontece nos Estados Unidos. Ainda assim esse volume representa energia suficiente para satisfazer a procura de gás durante os próximos 47 anos no Reino Unido.

 

O governo britânico está a fazer um esforço para acelerar o processo de extracção do gás para fazer face ao desenvolvimento ocorrido nos Estados Unidos, que tem levado a cortes no custo da energia, fomentando a economia norte-americana.

 

Para ganhar o apoio para a exploração deste recurso não convencional, cujo processo de extracção do gás recorre à fracturação das rochas, podendo contaminar os lençóis freáticos e a água, tal como já aconteceu nos Estados Unidos, o governo britânico prometeu às comunidades locais incentivos que incluem 1% das receitas.

 

“O próximos passo para a indústria é estabelecer quanto gás é tecnicamente e comercialmente recuperável”, segundo o ministro da Energia, Michael Fallon.

 

Em Portugal, e em resposta ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o presidente-executivo da EDP, António Mexia, alertou que graças a esta descoberta, o preço do gás nos Estados Unidos passou de mais do dobro do que era na Europa para quase um terço do que se pratica no velho continente, nos últimos cinco anos.

 

Ou seja, "desceu quase 70%, enquanto na Europa subiu 30%", sublinhou Mexia.

 

O relatório "Golden Rules for a Golden Age of Gas", publicado em 2012 pela Agência Internacional de Energia, identifica a bacia Lusitaniana (que se estende pela faixa litoral portuguesa) como uma área com gás de xisto.

 

De acordo com um estudo da PricewaterhouseCoopers, um milhão novos postos de trabalho no sector da indústria poderão ser criados neste processo, e estimando-se que cada um desses novos postos possa gerar entre mais cinco a oito novos postos de trabalho.

 

Graças a esta descoberta, os Estados Unidos apresentam um dos menores custos de energia do mundo desenvolvido.

 

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