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Quebra no consumo de gasolina abranda para 34,5% em maio
O consumo de gasolina passou de uma queda de 61,3% em abril para 34,5% em maio.
O consumo de gasolina caiu 34,5% e o de gasóleo 21,7% em maio face a igual período do ano passado, uma queda inferior à do mês anterior, segundo a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro).
"Podemos concluir que em maio de 2020, comparando com o mês homólogo do ano anterior, a gasolina e o gasóleo sofreram uma redução de cerca de 32,5 mil toneladas (-34,5% para a gasolina) e menos 93,9 mil toneladas (-21,7%) para o gasóleo", lê-se num comunicado.
Já o "consumo de jet na aviação apresentou uma redução mais significativa, menos 132,8 mil toneladas (-91,9%)", sendo que o GPL (gás de petróleo liquefeito) e outros reduziram-se em 8,7 mil toneladas (-13,9%)", adiantou a associação.
Apesar do consumo continuar em queda, esta tendência esbateu-se em maio. A Apetro notou que, face aos dados de consumo de abril, em maio - em termos homólogos - "já se evidenciam algumas recuperações".
Segundo a mesma fonte, o consumo de gasolina passou de uma queda de 61,3% para 34,5% e o de gasóleo de uma queda de 44,6% para 21,7%. O jet manteve aproximadamente a mesma redução no consumo (esta passou de 93,4% para 91,9%) e o GPL e outros ampliou a sua queda no consumo, de 1,5% para 13,9%, "sobretudo devido a efeitos de sazonalidade".
De acordo com os mesmos dados, que a Apetro baseou em informação publicada pela ENSE (Entidade Nacional para o Sector Energético), nos cinco primeiros meses de 2020 "a gasolina desceu cerca de 103,5 mil toneladas (-24,0%), o gasóleo diminuiu 352,9 mil toneladas (-17,2%), e o Jet 270,7 mil toneladas (-46,8%). O GPL e outros registaram uma diminuição de 12,1 mil toneladas (-3,9%)" em termos homólogos.
O consumo de combustíveis registou uma queda abrupta devido à pandemia de covid-19, prejudicado pela reduzida movimentação de pessoas e pela paralisação da aviação.
Com a publicação destes dados, a Apetro pretende continuar a "identificar uma tendência dos efeitos desta pandemia no consumo energético nacional, ao nível dos consumos de produtos petrolíferos".