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Presidente francês anuncia construção de novos reatores nucleares

Os novos objetivos relativos à energia e ambiente para 2030 e 2050 foram anunciados por Macron numa comunicação transmitida em direto nas rádios e televisões francesas.

#20 - Emmanuel Macron
09 de Novembro de 2021 às 22:38
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que França vai construir novos reatores de energia nuclear, depois de já ter anunciado que vai apostar na tecnologia dos mini-reatores nucleares modulares.

Estes reatores, de água pressurizada, são os chamados reatores de nova geração (EPR), e com isto França visa cumprir, entre outros objetivos, a meta da neutralidade carbónica em 2050 (a energia nuclear praticamente não gera gases com efeito de estufa, mas os resíduos que produz tornam o seu uso polémico; além desta energia, França continuará a apostar nas renováveis) e diminuir a dependência de países terceiros para o abastecimento de energia.

Os novos objetivos relativos à energia e ambiente para 2030 e 2050 foram anunciados por Macron numa comunicação transmitida em direto nas rádios e televisões francesas.

O Presidente francês sublinhou ainda que França assume a presidência do Conselho da União Europeia, a partir de janeiro de 2022, num momento importante para o continente europeu e para o mundo, ainda sob a ameaça da pandemia, mas com condições cada vez mais eficazes para a combater.

As eleições em França vão acontecer a 10 e 24 de abril de 2022 e Emmanuel Macron ainda não declarou se é ou não candidato à sua prórpia sucessão.

Em relação à agenda social, Macron anunciou durante a comunicação o adiamento da reformam do sistema de pensões.

"A situação sanitária que vivemos está a piorar em toda a França. O desejo expresso das associações sindicais e profissionais é concentrarem-se nos esforços de harmonia, o que faz com que não estejam reunidas as condições para relançar este debate [sobre o sistema de pensões]", disse o Presidente francês.

Macron sublinhou, no entanto, que em 2022 esta reforma deve avançar e que, na sua opinião, a idade da reforma deve subir em França, sendo que atualmente se situa entre os 62 e os 65 anos.

O governante defendeu ainda que os subsistemas de pensões devem terminar.

A reforma do subsídio de desemprego, que entrou em vigor em outubro, foi também mencionada pelo Presidente francês, que sublinhou que "não faz sentido" haver três milhões de desempregados em França quando setores como a restauração não têm pessoal suficiente.

O trabalho, segundo Macron, deve ser "a bússola" dos franceses.

Nesta comunicação, o chefe de Estado francês anunciou uma nova lei de segurança interna que deverá dar mais poderes às forças da ordem no país, numa altura em que a violência tem dado sinais de aumento.

 
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