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Portugal importou o dobro da energia elétrica em 2022

A maior parte (32,5%) da energia elétrica produzida em Portugal no ano passado teve como origem as centrais a gás natural. Portugal ainda importou gás da Rússia em 2022, mas reduziu a quota de 13,2% para 4,9%.

A EDP Comercial está a alertar potenciais novos clientes para a “instabilidade que se vive atualmente nos mercados”.
Pascal Rossignol/Reuters
04 de Janeiro de 2023 às 10:58
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Apesar dos preços recorde da eletricidade no mercado grossista ibérico (Mibel) em 2022, que se fizeram sentir, e bem, nos valores cobrados às famílias, empresas e indústrias nas suas faturas finais, Portugal aumentou o seu consumo de energia elétrica no ano passado, chegando mesmo aos níveis pré-pandemia. 

De acordo com os número revelados pela ADENE - Agência para a Energia, as energias renováveis abasteceram 49,3% do consumo de eletricidade em Portugal, abaixo dos 59,5% verificados no ano anterior. Com o aumento do consumo e a redução nas renováveos, o saldo importador agravou-se bastante, fixando-se em 18,1%, quase o dobro do verificado em 2021. 

No total foram consumidos 50.374 GWh, mais 1,8% do que no ano anterior.
 
A energia térmica não renovável (essencialmente gás natural) foi responsável pela maior parte do  abastecimento do consumo de eletricidade (32,5%), enquanto a eólica ficou nos 25,4%, a hídrica nos 12,5%, a biomassa nos 6,5% e o solar nos 5%.

De acordo com a ADENE, e muito por conta da seca, "o ano de 2022 caracterizou-se pela fraca produção hídrica, que diminuiu 45,2% face ao período homólogo".

Importações de gás da Rússia caem de 13,2% para 4,9% em 2022

No que diz respeito ao gás natural, em 2022, o consumo foi de 61.800 GWh, menos 3,2% face a 2021.

O mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por 45,5% do consumo, sendo os restantes 54,5% destinados ao mercado convencional.

 A Nigéria manteve a liderança das importações nacionais anuais com uma quota de 47,9%, seguindo-se respetivamente, os EUA (30,2%), Trinidad e Tobago com (9,0%) e o gás importado através das interligações com Espanha (6,5%).

Destacam-se, em relação a 2021, duas mudanças significativas no mix de importação de gás natural: o aparecimento em força de Trinidad e Tobago no mercado nacional e decréscimo de importação da Rússia que passou de uma quota de 13,2% em 2021, para 4,9% em 2022.

O ano 2022 também se caracterizou pela manutenção da baixa percentagem do gás importado através das interligações a Espanha (gasodutos), contudo, foi ligeiramente superior à verificada em 2021 (5,3%).
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