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Portugal contra o nuclear. “Não é seguro e custa muito dinheiro”, diz Matos Fernandes

O gás natural, de acordo com o Governo português, pode ser usado através de novas infraestruturas que no futuro possam ser aproveitadas para abastecer o centro e norte da Europa com gases renováveis, como o hidrogénio verde.

Matos Fernandes, ministro da Ambiente, diz que o Governo tem “almofadas”para travar subida dos preços.
João Relvas/Lusa
04 de Janeiro de 2022 às 07:53
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Portugal está contra a decisão da Comissão Europeia de avaliar se a produção de eletricidade a partir de energia nuclear e gás natural podem ser consideradas como "verdes". Em declarações ao Eco, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, rejeita a necessidade de fontes nucleares para a transição energética e a neutralidade carbónica daqui a 30 anos.

"Os tempos recentes provam que só a aposta nas energias renováveis pode defender a Europa dos elevados preços de produção de eletricidade. São estas energias — as renováveis — aquelas que devem constar da taxonomia", afirma o ministro, ao jornal online. Matos Fernandes rejeita o avanço de Bruxelas no nuclear, preferindo gás natural.

O gás natural, de acordo com o governante, pode ser usado através de novas infraestruturas que no futuro possam ser aproveitadas para abastecer o centro e norte da Europa com gases renováveis, como o hidrogénio verde. Portugal pretende produzir e exportar em massa este tipo de energia. Esta posição de Matos Fernandes alinha com a que já foi defendida igualmente pelo novo executivo alemão.

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