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Polónia quer receber gás natural liquefeito de Portugal via Sines

António Costa confirmou também que Portugal está já em discussões com vários governos, entre os quais a Alemanha, sobre a possibilidade de utilizar Sines como plataforma de transbordo para os mares do Norte e Báltico.

20 de Maio de 2022 às 13:20
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O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawieck, confirmou esta sexta-feira que o seu país está interessado num acordo de cooperação com Portugal que permita obter gás adicional distribuído para a Polónia a partir do sul da Europa, avança a Reuters. 

Por seu lado, António Costa confirmou também que Portugal está já em discussões com vários governos, entre os quais a gigante Alemanha,  sobre a possibilidade de utilizar o porto de Sines como plataforma de transbordo para a transferência de combustível de grandes navios para metaneiros mais pequenos, com melhores condições de operar nos mares do Norte e Báltico. E acrescentou que Lisboa está disposta a dar apoio técnico a Varsóvia para o processo.

Neste cenário, a Polónia e Portugal poderão cooperar no potencial de capacidade de "transshipping", a partir do Porto de Sines, para navios metaneiros mais pequenos que seguirão para os portos do centro e norte da Europa, disse o primeiro-ministro polaco numa conferência de impresa conjunta com António Costa, que se encontra de visita à Polónia. Para Morawieck, o GNL que vem de Portugal pode ser enviado para vários países para ajudá-los a reduzir sua dependência da Rússia.

"A Polónia está a tornar-se num centro de gás, por isso, se pudéssemos obter gás adicional dos nossos vizinhos ocidentais ou do sul, que seria distribuído para a Polónia, estaríamos mais interessados neste tipo de cooperação com Portugal", disse Morawiecki após o encontro com o seu homólogo. 

Portugal planeia duplicar a capacidade de operação de Sines para lidar com navios-tanque de gás natural liquefeito e transferir depois o GNL para navios mais pequenos para enviar para países dependentes do gás canalizado da Rússia, disseram Reuters várias fontes em abril.

O Governo portugês defende que Sines - o porto europeu de águas profundas mais próximo da costa dos EUA - pode ser uma porta de entrada para o GNL de países como Estados Unidos, Nigéria ou Trinidad e Tobago.
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