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Jorge Vasconcelos: "Mercado regulado garante condições mais estáveis e mais vantajosas"

Relativamente aos pregos do gás e da eletricidade, o primeiro presidente da ERSE, entre 1996 e 2006, Jorge Vasconcelos, não tem dúvidas que nesta altura a melhor opção é o regresso ao mercado regulado.

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Confrontado com a existência de faturas de famílias portuguesas que estão substancialmente mais caras por via do pagamento valor de ajuste relativo ao mecanismo ibérico, o ex-presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos defende que "não podemos emitir um juízo de valor sobre uma reforma com base em casos individuais de faturas que aumentaram".


"Temos de olhar para um valor médio agregado, comparar isso e avaliar se há situações nesses casos individuais que podiam ter sido mitigadas", explica, sublinhando, ainda assim, que não é (e nunca foi) um defensor da aplicação do mecanismo ibérico em Portugal e Espanha. Uma medida que impõe um teto ao valor do gás usado para gerar eletricidade, provocando assim que o seu preço desça no mercado grossista ibérico. 

"Não queria que ficassem com a ideia que sou um defensor deste mecanismo ibérico, por que não é o caso. Temos é de perguntar qual era o objetivo principal desse mecanismo para ver quais seriam as alternativas", argumentou.

Quantos aos preços altos da eletricidade e do gás, na opinião de Jorge Vasconcelos, enquanto existir a hipóte de regresso aos mercados regulados em Portugal, essa "é a melhor opção para fugir à incerteza dos mercados", mesmo que no mercado livre existam tarifas mais baratas.

"Essa é uma boa opção, foi a que tomei já. É o que neste momento garante condições mais estáveis e mais vantajosas", remata. 

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