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Mega-leilão de energia solar contou com 64 candidaturas

As candidaturas ao leilão de energia solar, que se realiza este mês, multiplicam por nove a oferta disponível, declarou ao Expresso o ministro do Ambiente.

08 de Julho de 2019 às 18:04
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Houve 64 entidades que "candidataram projetos ao leilão de energia solar que o Governo realizará este mês e que será a maior licitação da última década no sector elétrico em Portugal", disse ao Expresso o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

 

Segundo o ministro, esta procura "procura multiplica a oferta por nove".

 

Recorde-se que depois de "vários" interessados terem pedido a extensão do período para se candidatarem aos leilões de energia solar, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, anunciou o prolongamento do prazo por mais uma semana, até 7 de julho. 

 

Os novos projetos serão distribuídos por 24 lotes e o leilão vai disponibilizar dois modelos: um com tarifas fixas e outro a preço de mercado. O processo vai ser feito na modalidade descendente, ou seja, ganha quem oferecer menos, o que, segundo João Galamba, permite garantir que não há sobreganhos.

 

O total da capacidade que vai integrar o primeiro leilão solar em Portugal, reforçada para 1.400 megawatts (MW), vai ser dividido por quatro zonas: Algarve (30 MW), Alentejo (235 MW), Lisboa e Vale do Tejo (340 MW) e Centro (795 MW). O Norte ficou de fora desta ronda por dois motivos: "Por ter menor exposição solar e porque temos mais leilões a fazer no futuro e não podemos leiloar tudo agora", como referiu João Galamba numa apresentação a jornalistas.

 

Segundo as contas do Governo, só nos três primeiros anos a concretização dos projetos vencedores vão representar um investimento superior a mil milhões de euros. No que toca aos ganhos para os cofres do Estado, Galamba não tem dúvidas de que serão relevantes. Mas prefere não se comprometer com valores. "Vamos esperar pelos leilões", referiu no final do mês passado, acrescentando estar confiante que vão gerar bastante interesse, principalmente a avaliar pelos mais de 300 inscritos que houve no início do mês para a sessão de esclarecimento para promotores. 

De acordo com Matos Fernandes, nas declarações desta segunda-feira ao Expresso, pelas candidaturas recebidas apenas um lote (Alcobaça/Batalha) ficou deserto, tendo outro recebido uma única candidatura, sendo que as restantes 22 áreas de ligação à rede receberam múltiplos interessados.

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