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Matos Fernandes: "Galp tinha de ir além da lei"
O ministro do Ambiente acredita que a Galp nunca poderia ter despedido os trabalhadores da refinaria de Matosinhos, da forma como o fez. Contudo, reconhece a importância da empresa na transição energética em Portugal.
02 de Outubro de 2021 às 11:38
"Acho que a lição está dada, é não poder voltar a acontecer. É inaceitável comunicar o encerramento de uma instalação como esta antes do Natal. É preciso um coração de pedra para fazer uma coisa destas. A Galp, que tem como clientes todos os portugueses, tinha de ir além da lei. Não sentimos que isso tivesse sido feito", indica em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, sobre o encerramento da refinaria de Matosinhos e a recente polémica com o primeiro-ministro, António Costa. Ainda assim, indica o responsável, "isso não retira a relevância que a Galp tem na transição energética em Portugal".
Matos Fernandes afirma que o Governo não interfere nas decisões de gestão da energética, mas assume que não tem planos para vender a sua participação de cerca de 7%, como tinha sido acordado no acordo parassocial entre as partes. "Não há nenhum plano até porque essas contas foram feitas há dois anos, pelo Ministério das Finanças. Depois de um tempo de baixo dividendos, este foi um tempo em que os dividendos cresceram e o Estado estará a ser agora mais bem remunerado pela participação", explica.
Sobre os apoios públicos para fazer face ao aumento dos custos dos combustíveis, o ministro do Ambiente refere que não servem para a subida nos combustíveis, "porque são fósseis e têm emissões que queremos contrariar com o objetivo de sermos neutros em carbono em 2050".
O objetivo é, então, "proteger a competitividade das empresas caminhando na direção certa, que é a de um tempo em que as emissões serão cada vez menores. A aposta de longo termo é manifestamente a de maior independência energética, e isso em Portugal quer dizer eletricidade - produzida a partir de fontes renováveis. Temos sol, vento e água para produzir 100% do que consumimos. Já produzimos 59%."
Matos Fernandes afirma que o Governo não interfere nas decisões de gestão da energética, mas assume que não tem planos para vender a sua participação de cerca de 7%, como tinha sido acordado no acordo parassocial entre as partes. "Não há nenhum plano até porque essas contas foram feitas há dois anos, pelo Ministério das Finanças. Depois de um tempo de baixo dividendos, este foi um tempo em que os dividendos cresceram e o Estado estará a ser agora mais bem remunerado pela participação", explica.
O objetivo é, então, "proteger a competitividade das empresas caminhando na direção certa, que é a de um tempo em que as emissões serão cada vez menores. A aposta de longo termo é manifestamente a de maior independência energética, e isso em Portugal quer dizer eletricidade - produzida a partir de fontes renováveis. Temos sol, vento e água para produzir 100% do que consumimos. Já produzimos 59%."