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Martifer já só tem 10% da sua “sub-holding” de biocombustíveis

A Martifer desinveste na Prio Energy mas os irmãos Martins continuam a controlar esta empresa de produção de biocombustíveis e distribuição de combustíveis. O objectivo da operação é o da redução da dívida do grupo, na ordem dos 31,2 milhões de euros.

Martifer compra 47,6 mil acções próprias por 69,7 mil euros
01 de Agosto de 2013 às 19:28
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A Martifer reduziu a sua participação na “sub-holding” de biocombustíveis Prio para 10%. A venda insere-se no esforço para a redução da dívida do grupo.

 

“A Martifer SGPS, S.A. procedeu à alienação de parte da sua participação na subsidiária Prio Energy SGPS, S.A. à companhia OxyCapital – sociedade de capital de risco, reduzindo a sua participação de 49% para 10%”, assinalou a empresa de Oliveira de Frades em comunicado emitido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A Prio Energy, constituída em 2006, é produtora de biocombustíveis e está também na área de distribuição de combustíveis com uma rede de postos de abastecimento. Era, até à data, detida a 49% pela Martifer sendo que os restantes 51% estavam nas mãos da I’M, detida pelos irmãos Carlos e Jorge Martins, de acordo com o foi confirmado pela Martifer ao Negócios. O conselho de administração da Martifer é presidido por Carlos Martins sendo que Jorge Martins é o vice-presidente.

 

Com o negócio anunciado esta quinta-feira, a estrutura accionista da Prio Energy diversifica-se, com os 51% da I’M, os 39% da OxyCapital e 10% da Martifer.

 

Diminuição de 31,2 milhões de euros da dívida

 

O encaixe da operação, que está ainda sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência, vai permitir ao Grupo, de acordo com o comunicado, uma redução de 31,2 milhões de euros da dívida. No primeiro trimestre de 2013, a dívida líquida da Martifer ascendia a 385 milhões de euros, uma subida de 2% em relação ao final do ano passado.

 

No documento da divulgação de resultados trimestrais, o grupo reiterou a intenção de reduzir o nível de endividamento para 230 e 250 milhões de euros até ao final de 2014. Para isso, seriam vendidos activos que não são centrais para o negócio da Martifer, “especialmente parques eólicos, projectos solares e, residualmente, pela venda de projectos imobiliários”.

 

A Prio Energy era considerada um activo “não core” para o grupo desde Março de 2010. Foi nessa altura que a Martifer reduziu a sua participação de 60% para 49%, falando na “redução do interesse económico no negócio da Agricultura e Biocombustíveis. A posição é agora cortada para 10%

 

A Martifer é uma empresa da área de construções, alumínios e energia solar com a I’M como principal accionista, com uma participação de 42,64%. A Mota-Engil é a segunda maior accionista com 37,50%. Juntas, e no seio de um acordo parassocial, ambas têm uma posição de 80% na empresa nacional. O restante capital, 19,86%, encontra-se disperso em bolsa.

 

A Martifer subiu 2,04% para fechar nos 0,50 euros. A empresa entrou em bolsa em 2007 depois de as acções terem sido vendidas a 8 euros. No primeiro dia, negociou a 12 euros mas a cotação tem vindo a cair desde aí.

 

(Notícia corrigida: corrige gralha no título)

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